São duas
flores unidas
São duas
rosas nascidas
Talvez do
mesmo arrebol,
Vivendo, no
mesmo galho,
Da mesma
gota de orvalho,
Do mesmo
raio de sol.
Unidas, bem
como as penas
das duas
asas pequenas
De um
passarinho do céu...
Como um
casal de rolinhas,
Como a
tribo de andorinhas
Da tarde no
frouxo véu.
Unidas, bem
como os prantos,
Que em
parelha descem tantos
Das
profundezas do olhar...
Como o
suspiro e o desgosto,
Como as
covinhas do rosto,
Como as
estrelas do mar.
Unidas... Ai
quem pudera
Numa eterna
primavera
Viver, qual
vive esta flor.
Juntar as
rosas da vida
Na rama
verde e florida,
Na verde
rama do amor!
Castro
Alves

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