18/12/2013

[Resenha] A Esperança - Suzanne Collins


Sinopse: Depois de sobreviver duas vezes à crueldade de uma arena projetada para destruí-la, Katniss acreditava que não precisaria mais lutar. Mas as regras do jogo mudaram: com a chegada dos rebeldes do lendário Distrito 13, enfim é possível organizar uma resistência. Começou a revolução. A coragem de Katniss nos jogos fez nascer a esperança em um país disposto a fazer de tudo para se livrar da opressão. E agora, contra a própria vontade, ela precisa assumir seu lugar como símbolo da causa rebelde. Ela precisa virar o Tordo. O sucesso da revolução dependerá de Katniss aceitar ou não essa responsabilidade. Será que vale a pena colocar sua família em risco novamente? Será que as vidas de Peeta e Gale serão os tributos exigidos nessa nova guerra?

Autora: Suzanne Collins
Editora: Rocco
Páginas: 424


Pode parecer estranho, mas, pra mim é mais difícil fazer uma resenha de um livro que eu amei do que de um que detestei. E A esperança é desses que eu amei. E não bastasse isso, o livro é perfeito (sim, às vezes amo livros não perfeitos), e fecha a trilogia com chave de ouro.

Sendo assim, vou tentar fazer a resenha da melhor maneira possível. Então, vamos por partes.


Como os dois primeiros livros, A Esperança é dividida em três partes. A primeira parte, As cinzas, conta como está a vida de Katniss desde que chegou ao Distrito 13. A rotina, a falta de ânimo a tristeza. A pressão para ser o Tordo. Como ela vem tentando digerir tudo o que aconteceu nos últimos tempos. Mas o título dessa parte, se deve também, ao que aconteceu com o Distrito 12, que foi totalmente destruído pelo fogo. Tudo virou cinza, menos, a Aldeia dos Vitoriosos.

“Sei que ele estava desesperado. Isso faz as pessoas cometerem todo tipo de loucura.”

Além disso, conta como estão alguns dos outros personagens. E o que aconteceu com aqueles que não foram resgatados da arena. E, bem, é óbvio que quem pegou eles foi a capital. E vai usá-los, ou melhor, em um primeiro momento, usar Peeta para falar com Katniss. Só que ao colocar Peeta na TV para falar aos cidadãos de Panem, o efeito é contrário. Katniss, assume enfim, a posição de Tordo. Mas, é claro, não vai ser nem de longe tão simples como parece.

A segunda parte, O assalto, fala mais sobre a guerra e como estão as coisas nos outros distritos. Tem o treinamento da Katniss, os pontoprops, tanto dos rebeldes quanto da Capital, as ameaças e mais do Distrito 13. O quanto profundo e seguro ele pode ser. Nessa parte, vamos conhecer outros distritos e a real situação que uma guerra provoca bem de perto. Tem momentos bem tensos e emocionantes. E por incrível que pareça, até os pensamentos mais insonsos de Katniss são interessantes e fundamentais na narrativa.

“A arena nos deixou totalmente pirados, você não acha? Ou você ainda se sente como a menina que se apresentou como voluntária para a sua irmã?”

Por fim na terceira parte, a guerra estoura de vez e vamos lutar na capital. Pois é. Os combatentes tem em mãos a missão de suas vidas. E muita gente fica pelo caminho nessa jornada, alguns personagens que já bem familiares, inclusive um a quem eu já havia me apegado, mas, acontece.

Entre uma explosão e outra, vamos vendo a verdadeira face de algumas personagens, quem são os vilões disfarçados de mocinhos, vemos o amor, o ódio, a loucura, às vezes tudo de uma vez.

“O que eles querem é que eu assuma verdadeiramente o papel que designaram para mim. O símbolo da revolução. O Tordo.”

A Esperança é um livro, assim como os outros dois, surpreendente e arrebatador. Quando terminei a leitura senti uma vazio enorme, aquela sensação perturbadora pós-livro. Da mesma maneira que aconteceu com os outros dois, eu não conseguia sair daquele universo. Não podia me desligar das personagens, dos acontecimentos perturbadores e tudo o mais. Já era tudo muito íntimo, familiar.

Pra quem está esperando um final feliz, já vou logo adiantando: sem chance. Collins não escreveu um final ah lá conto de fadas. Não. magistralmente a autora encerrou a trilogia de uma forma... como posso dizer? Possível. Isso. Possível.

“Pergunte a si mesma: você realmente confia nas pessoas com quem está trabalhando? Você realmente sabe o que está acontecendo? E se você não sabe... descubra.”
          
Depois de todas as suas perdas, Katniss cai em um abismo que parece não ter volta. Mas aos poucos, sua vida vai retomando o ritmo. Com a ajuda de Peeta, ela vai se refazendo, refazendo a vida. Eles jamais serão os mesmos, é claro. As lembranças não vão embora, as cicatrizes estão ali, os pesadelos às vezes são bem intensos, mas, eles seguem porque precisam, porque é assim que a gente faz quando perde tudo: recomeça.

Pra mim o final possível foi um dos pontos altos da trilogia. Afinal, é assim mesmo que são as coisas neh.

É isso!

Se já leram, contem o que acharam. Se não, contem quais são as suas expectativas.

Bjos!

Nota: Esse livro foi resenhado pela Juliene em um projeto de resenha compartilhada. O post foi publicado originalmente dia 15/10/2013 e todos os direitos sobre ele pertencem a Juliene.


Um comentário:

  1. Oie :)

    Nossa ao contrário de muitos eu amei A Esperança e achei o final simplesmente incrível, confesso que não queria a morte de alguns personagens, mas... é a vida. Beijos!

    http://euvivolendo.blogspot.com.br/

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