13/09/2015

[Resenha] Estilhaça-me - Tahereh Mafi


Sinopse: Juliette não toca alguém há exatamente 264 dias. A última vez que ela o fez, que foi por acidente, foi presa por assassinato. Ninguém sabe por que o toque de Juliette é fatal. Enquanto ela não fere ninguém, ninguém realmente se importa. O mundo está ocupado demais se desmoronando para se importar com uma menina de 17 anos de idade. Doenças estão acabando com a população, a comida é difícil de encontrar, os pássaros não voam mais, e as nuvens são da cor errada. O Restabelecimento disse que seu caminho era a única maneira de consertar as coisas, então eles jogaram Juliette em uma célula. Agora muitas pessoas estão mortas, os sobreviventes estão sussurrando guerra e o Restabelecimento mudou sua mente. Talvez Juliette é mais do que uma alma torturada de pelúcia em um corpo venenoso. Talvez ela seja exatamente o que precisamos agora. Juliette tem que fazer uma escolha: ser uma arma. Ou ser um guerreiro. 

 

AutoraTahereh Mafi 

Editora: Novo Conceito 
Páginas: 304 
Classificação: 3/5 

  

        Estilhaça-me conta a triste história de uma menina isolada de qualquer contato humano por um longo período, sendo assim Juliette ficou com alguns transtornos mentais e emocionais, mesmo que ela jure o contrário (para ela mesma). O motivo dela está nesse lugar horrível com o total apoio dos seus próprios pais (que são uns bostas desde sempre) é que no passado ela cometeu assassinato sem querer, devido ao seu misterioso dom do “toque mortal”. As coisas mudam quando sem nenhum aviso ela ganha um colega de cela, o que deixa Juliette confusa e assustada, achando que colocaram o tal menino lá apenas para tortura-la. Ela é uma menina boa que não sente vontade de machucar ninguém, porém essas coisas acontecem e ela nem sabe o motivo, por isso, ela tenta ficar longe do seu novo colega de quarto algo que se torna complicado devido ao lugar e a vontade de interagir. Juliette enfim sai da “prisão”, liberdade? Acho que não, ela é levada a um dos líderes do Restabelecimento (o novo governo) Warner que oferece a Juliette algo que ela nunca sonhou em ter e a partir daí a trama se desenrola. 


“Eles tomaram tudo. Minha vida. Meu futuro. Minha lucidez. Minha liberdade.” 

 

        A história me cansou um pouco no começo, cheguei à acha Juliette bem irritante, algumas pessoas acham super legal essa coisa de “cortar palavras” exsou bonita. Não sou bonita. Mas sinceramente me estressou um bocado até que passei a olhar e entender a confusão que era seus pensamentos, o condicionamento de sempre achar o pior de si e passei a aceitar melhor esse traço tão presente e característico da narrativa. Após sua transferência para o quartel general do Renascimento é possível perceber que não conseguiram quebrar o espírito dela, Juliette continua boa e gentil mesmo no meio de um monte de gente má, mesmo tendo a possibilidade de enfraquecer a organização matando um dos seus líderes sem fazer esforço. 

 

"Você sabe, sou bastante capaz de matar pessoas por conta própria, Julliete. Na verdade, sou muito bom nisso."

 

Em contra partida Warner, sim, o vilão, um vilão que por sinal é muito complexo, me deixou bem intrigada. Ele tem a capacidade de fazer você querer ama-lo e mata-lo ao mesmo tempo, enfim adorei esse vilão tipo Klaus (não tão foda). Por último, mas não menos importante temos o Adam, já ia seguir em frente sem falar dele, enfim, Adam é fofo, até de mais as vezes, chega a ser enjoativo, mas é um bom personagem com toda uma personalidade mediana que ajuda a balancear com a personalidade fraca e assustada da Juliette.  


"A verdade é uma amante maldosa e ciumenta que nunca dorme" 

 

A história é muito boa e me passou segurança em sua proposta.  Tahereh criou um mundo onde os únicos culpados pela destruição do planeta somos nós mesmo, ela salientou o que pode vir a acontecer se não demos um basta e principalmente mostrou que o maior combustível daqueles que nos governam são a fé cega e o medo, enquanto tivermos acreditando em tudo que nos contam sem questionar, sem procurar por mais informações, ficaremos reféns deles e isso só tende a piorar com o tempo. Então eu acredito que Tahereh quis com seu livro que as pessoas, em sua maioria jovens, não fiquem reféns do medo, que não acreditem em tudo e que não adianta esperar pelo fim, precisamos lutar por nós e pelos outros.  

 

“Convicções, prioridades, preferências, preconceitos e ideologias dividiram-nos. Iludiram-nos. Destruíram-nos.” 

 

Estilhaça-me não é um dos meus livros preferidos, mas é sim uma boa leitura, não é complicado de ler, uma vez que você pega o embalo e se deixa envolver a narrativa flui assustadoramente. Eu li uns spoilers (por escolha) e por mais que tenha descoberto algo bombástico, muita coisa ficou no ar, como por exemplo, o porquê dos poderes da Juliette e outras coisinhas mais que não foram explicadas, por isso eu vou continuar lendo a trilogia, não prometo que logo, mas vou. 

 

Um beijo e até a próxima. 

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