Sinopse: Celaena ressurge das
cinzas ainda mais forte e letal. E parte em uma jornada em busca de uma obscura
verdade: uma informação sobre sua herança e seus antepassados que pode mudar
sua vida e o futuro de dois reinos para sempre. Enquanto isso, forças sinistras
começam a despontar no horizonte e têm planos malignos para dominar o seu
mundo. Agora, depende de Celaena encontrar coragem para enfrentar tais perigos,
além de seus próprios demônios, e fazer a escolha mais difícil da sua vida.
Autora: Sarah J. Maas
Editora: Galera Record
Páginas: 518
Classificação: 5/5 - Favorito
A PARTE UM
começa pouco tempo depois do final de Coroa da Meia-Noite. Aqui encontramos uma
Celaena completamente quebrada, a assassina está vivendo aos trancos e
barrancos tentando lidar com a dor e o sofrimento depois de perder as duas
pessoas que amava (Sim, realmente são duas). Sem forças para seguir em frente,
com seu espirito e coração em pedaços e sua força de vontade quase nula, ela
está dividida entre sucumbir a dor e cumprir a promessa que fez no tumulo da
amiga, essa promessa é a única coisa que impede Celaena de se entregar
completamente. Para que possa cumprir com sua palavra ela precisa ir
atrás do povo Feérico, pois são eles que possuem as informações necessárias
para enfraquecer o rei e erradicar a ameaça que ele e suas chaves são para o
mundo.
“Epopeias e poemas e canções tinhas sido escritos sobre a rainha feérica, tantos que alguns até mesmo acreditavam que ela era apenas um mito. Mas ali estava o sonho – o pesadelo – em carne e osso.”
Herdeira do
fogo continua seguindo a linha de narrativa em terceira pessoa e nesse livro
isso se fez muito necessário e vantajoso, já que Celaena está muito longe do
reino e precisamos saber o que está acontecendo, sendo assim a narrativa é
dividida em cinco pontos de vista. Pode parecer exagerado, mas eu gostei muito
porque além de saber o que está acontecendo em outros lugares do reino,
acabamos sabendo mais como os personagens pensam. Além dos já conhecidos
como o Chaol e Dorian, temos a introdução de alguns personagens, Manon (a
bruxa), Rown (príncipe féerico), Soncha (Curandeira) e Aedion
(Guerreiro/traidor/primo féerico), fora os coadjuvantes que estão de passagem
pela história. Tenho para mim que a autora está introduzindo personagens e
elementos importantes para que não precise coloca-los na história de última
hora e em algum momento no futuro todos esses acontecimentos separados vãos se
encontrarem na grande batalha e isso sem dúvida vai ser muito foda. Como eu já
disse o livro é bem extenso, mas seus capítulos curtos ajudaram a agilizar
minha leitura e fez a narrativa ganhar mais movimento se tornando mais rápida e
prazerosa.
Manon é uma
Bruxa de Ferro (já conhecemos uma lá em Coroa da Meia-Noite) que está junto com
seu clã e alguns outros também compostos de bruxas de ferro trabalhando para
Rei a fim de conseguir recursos para reaver sua terra natal a muito amaldiçoada
por outro tipo de bruxa, o trato é simples: elas lutam na guerra dele e levam
um brinde que pode ajudar e muito em sua própria guerra. Por mais que eu tenha
achado os capítulos dela meio pombo, confesso que a evolução da personagem foi
bem legal, acompanhar uma a visão de alguém que é inteiramente cruel e sem
coração foi uma experiência válida. Sinto que a bruxa vai ter um grande
destaque nos próximos livros.
“Não precisa de um monstro para destruir outro monstro, mas luz, luz para guia-la e afastar a escuridão.”
Quase não
temos capítulos narrados pelo Dorian, mas quando temos percebemos que aquele
príncipe do primeiro livro não existe mais, ele está tentando lidar com sua
recém-descoberta magia, se sente sozinho e confuso, além do medo de ser
descoberto. Eu já gostava dele, mas nesse livro ele se provou tão leal que meu
coração ficou pequeno quando o personagem sofria. Podemos ver mais de
Dorian nos capítulos narrados pela Soncha uma curandeira que tem interesse
amoroso pelo príncipe, eu sei que teve um motivo para ela estar na história,
MAS não vi a necessidade de ter uma narrativa no seu ponto de vista, já que
todas as suas interações são com Doria e as cenas poderiam ter sido feitas pelo
ponto de vista dele.
Chaol está
em um dilema danado nesse livro, ele sempre foi leal à coroa e se orgulhava de
ser capitão da guarda, mas com os acontecimentos de Cora da Meia-noite ele se
vê dividido entre o reino e a Celaena o que coloca sua lealdade à prova. Achei
muito legal os capítulos dele mesmo às vezes sendo um pouco paradinhos. Gostei
de ver a luta dele interna dele, suas escolhas e no fim Chaol me surpreendeu
ainda mais e ganhou vario pontos a seu favor.
“O capitão tinha demarcado seu lado e Dorian estava nele, Chaol o chamara de rei.”
A melhor
narrativa sem dúvida vem da nossa assassina, é com ela que entendemos melhor a
magia e o mundo feérico, essa foi uma parte bem explorada e explicada pela
autora, como eu disse nas resenhas anteriores Mass sabe com maestria introduzir
elementos aos poucos e destaca-los quando necessário. Celaena fez um trato com
sua tia rainha dos féericos para que consiga as respostas que precisa, mas para
isso terá que treinar com o Rown (um imortal) a fim de controlar sua magia e
ter permissão de entrar no reino féerico. O começo é bem difícil, mas conforme
Celaena vai aceitando as coisas que aconteceram com ela e abraçando seu passado
vai evoluindo no treinamento e se tornando quem nasceu para ser. Eu
particularmente amei conhecer todo o passado dela, muito do que ela é hoje se
deve ao que ela foi quando criança e para que seus objetivos sejam alcançados
ela precisa matar Celaena e trazer Aelin de volta a vida e meus amores é lacre
atrás de lacre. O que realmente dá movimento a trama é o mistério dos “seres do
mal”, não poso falar muito a respeito para não entregar nada, só adianto que essas
partes são assustadoras e tem um grande propósito.
Meu coração
odiou Rown por muito tempo, não foi por causa das porradarias nem do seu humor
insuportável, mas porque eu vi ali um shipp que eu não queria que existisse.
Amei e odiei o personagem por longos capítulos, mas no final não consegui e
acabei me rendendo de vez. A relação dele com Celaena não é amorosa, aos poucos
eles vão construindo uma amizade, pois ele tem uma história e acaba entendendo
o sofrimento da protagonista, sendo assim eles começam a se entender e se
respeitar não apenas como pessoas, mas também como Guerreiros. Essa foi uma
relação muito bem construída, pena que ficou claro que não vai mais existir
Celaena e Chaol, por mais que eles se amem não vai bastar para suportar todas
as diferenças que existe entre os dois, é nesse momento que Rown entra, sua
semelhança com Celaena e essa relação tão bem construída deixa implícito que
entre os dois pode vir a acontecer algo mais e mesmo que isso me aperte o
coração é impossível não shippar o casal que aos poucos vai se formando diante
dos nossos olhos.
“Era a Herdeira das cinzas e do
fogo e não se curvaria a ninguém.”
Assim que
passamos para a PARTE DOIS sentimos a mudança na narrativa. É palpável o
amadurecimento tanto da Celaena quanto da trama como um todo. Eu gostaria MUITO
de falar da parte dois em detalhes, mas não quero estragar a história para
vocês, então vou me limitar dizendo que tem muita ação, alto conhecimento,
perdas insuperáveis e cenas de tirar o fôlego, o livro tem alguns plot twist e
por causa disso foi necessária uma atenção especial na hora da leitura. Sarah
abriu mão de trabalhar o romance para dar destaque individual aos personagens e
isso deu muito certo. Herdeira do fogo é um livro mais tenso e bem
trabalhado. O final me deixou de boca aberta, coração na mão e morrendo de curiosidade,
sendo assim eu vou ficando por aqui me despedindo de Celaena e dando
boas-vindas a Aelin, estou ansiosa para ver o que aguarda à assassina/princesa
e rainha, mas já sinto que lágrimas vão rolar.
Nota: A protagonista só pode ter
problemas e múltiplas personalidades ou ser uma atriz maravilhosa, porque a
bichinha usa inúmeros nomes e para mim cada nome exige uma personalidade
diferente, coisa de louco isso.
Beijos
Oie,
ResponderExcluiruma continuação bem escrita e bem elaborada. Quando a gente fala de livros com o pé na fantasia, criar histórias e personagens é fundamental.
Não li nenhum dos livros e nem vou ler, mas gosto de saber que a história amadurece bem como a protagonista e claro ter um bom final
Minha experiência com essa autora não é das mais positivas. Li Corte de Espinhos e Rosas e fiquei tão decepcionada que não quis ler mais nada dela, apesar de todo hype que os livros dela recebem de todos os lados. essa serie aqui até tenho curiosidade, mas ainda não é o momento de arriscar novamente com a autora.
ResponderExcluirBeijos
Oi!
ResponderExcluirEu sempre vejo leitores falando muito bem dessa série da Sarah J. Maas, no entanto, eu ainda não li nada dela e ultimamente não estou muito no clima de comprar livros de fantasia. Os últimos que li do gênero foi porque já os tinha e queria tirá-los logo da fila.
Mas que bom que curtiu esse segundo livro. Espero que goste ainda mais do próximo.
Bjss
http://umolhardeestrangeiro.blogspot.com/2019/10/resenha-as-garotas-mulheresemfoco.html
Oi!
ResponderExcluirQuero muito ler essa série, a premissa é espetacular, sou meia suspeita em falar, pois adoro a mistura de fantasia, ficção e ação. Parabéns pela resenha, fiquei curiosa para conhecer mais dos personagens e saber o desfecho dessa história, estou aqui pensando se já saiu todos os livros, não tenho muita paciência em esperar sair um de cada vez kkk. Obrigado pela dica, a cada vez que leio sobre ele mais empolgada fico para ler. Bjs!
Oi, ainda não comecei a ler essa série mas gostei de conferir sua resenha e saber um pouquinho do que rola com a protagonista e com os personagens secundários nessa parte da trama, com certeza uma leitura super interessante.
ResponderExcluirOlá, tudo bem?
ResponderExcluirEu ainda não li os livros da Sarah e tenho vontade de conhecer a escrita da autora, mas o problema é que os livros dela todos fazem parte de séries se não me engano e no momento não estou nessa vibe de ler séries.
Abraço!