10/10/2015

[Resenha] Princesa Mecânica - Cassandra Clare


Sinopse: Continuação de Príncipe mecânico, “Princesa Mecânica” é ambientado no universo dos Caçadores de sombras, também explorado na série Os Instrumentos mortais, que chega agora ao cinema. Neste volume, o mistério sobre Tessa Gray e o Magistrado continua. Mas enquanto luta para descobrir mais sobre o próprio passado, a moça se envolve cada vez mais num triângulo amoroso que pode trazer consequências nefastas para ela, seu noivo, seu verdadeiro amor e os habitantes do Submundo.

Autora: Cassandra Clare
Editora: Galera Record
Páginas: 430
Classificação: 5/5 - Favorito

Dica: Leia a trilogia As Peças Infernais antes de ler Cidade do Fogo Celestial último livro da saga Os Instrumentos Mortais, pois as histórias se cruzam e você vai encontrar spoiler da trilogia no último volume da série.




Escrevo essa resenha com aquele misto de tristeza e sensação de dever cumprido, não foi fácil a despedida, protelei o máximo que minha curiosidade permitiu e a falta de tempo obrigou, mas no fim tudo acaba e não é diferente com ótimos livros, infelizmente Princesa mecânica chegou ao fim e eu estou aqui hoje para contar para vocês o que eu achei do desfecho da trilogia As Peças Infernais.

“Mas eu acho que a pessoa pode encarar o fim e não ter medo, sem ter de curvado a morte. A morte jamais vai me governar.”

Esse livro foi uma montanha russa de emoções e surpresas, eu solucei de tanto chorar, meu coração foi partido em tantos pedaços, por tantas vezes que estou achando difícil me recuperar. Para vocês terem uma noção, eu estou com uma BIG ressaca literária, estou lendo no momento o livro que todos dizem amar e putz, não consigo sentir empatia pelos personagens, por que me prendi tanto a todos de “As peças infernais” que meus sentimentos estão atrás de um vidro, eu leio e não sinto o que deveria sentir, sei lá, vou parar de divagar sobre meus sentimentos e ir direto para o que interessa.

OBS: Não leiam a arvore genealógica no começo do livro, é um spoiler do tamanho do mundo. Tanto que até agora não entendi do por que isso está no começo e não no fim, onde é seu lugar.

            Vou começar pelo fim, ok? Que final foi esse?? Cassandra me deixou de queixo caído, eu custei a assimilar o que estava acontecendo até de fato ter acontecido. Achei o final tão incrível, mas tão incrível que perdoei a Cassandra pelas minhas lagrimas derramadas. Sinceramente eu não esperava, imaginei que já soubesse o final, afinal muito clichê, bastante previsível, mas ela saiu da zona de conforto e deu de presente para o leitor o melhor final de trilogia que eu já li até agora, esse final é capaz de agradar até aqueles com coração de pedra, mesmo que tenha sido uma surpresa, lá no fundo não esperava nada menos de perfeito, já que todos os livros foram maravilhosos, transformando Peças Infernais em uma das minhas trilogias preferidas.

"E talvez você devesse parar de sentir pena de si mesma - disse ele. - A maioria das pessoas tem sorte se encontra um grande amor na vida. Você encontrou dois."


O triângulo amoroso de Peças infernais é para lá de singular, cruel, triste e o amais amável de todos. Foi muito difícil torcer por um dos meninos, até mesmo eles não sabiam por quem torcer e no fim quem decidiu foi as circunstancias. Esse é um triângulo amoroso que nunca seria possível na vida real, pois o ser humano é egoísta, ainda mais quando se trata da pessoa amada, mas se tratando de livros tudo é possível e foi apaixonante ver o desapego de todos sobre o seu próprio amor para que o outro fosse feliz.    

"Lembra-se do que falei para você naquele dia, na sala de estar - disse.- Quero que você seja feliz, e ele também. No entanto, quando você atravessar a igreja para encontrá-lo e se unir a ele eternamente, estará pisando em uma trilha invisível dos cacos de meu coração, Tessa. Eu abriria mão da minha própria vida por qualquer um de você. [...]”

Nesse último livro descobrimos, enfim, o mistério sobre a vida de Tessa e seu anjo mecânico, que por sinal tem uma participação para lá de importante no desfecho dessa história. Quanto ao mistério do “o que eu sou” achei que foi uma explicação bem elaborada e plausível, não uma completa surpresa, mas consistente, todas as peças em fim se encaixaram nesse final de tirar o fôlego.

" A vida era uma coisa incerta, e havia alguns momentos que a pessoa gostaria de se lembrar, registrar de forma que a lembrança pudesse ser acessa mais tarde, como uma flor pressionada entre as páginas de um livro, admirada e apreciada."


Além de todo desenrolar da história principal, temos o prazer de saber o desfecho de cada morador do instituto, foi muito bom saber o que aconteceu com essa família para lá de querida e unida, novas famílias se formaram, novos caçadores de sombras nasceram e isso nos leva diretamente o final de Instrumentos mortais. Aliás, eu fiquei com uma pulguinha atrás da orelha por causa do prólogo.

" Às vezes, a pessoa deve escolher entre ser generoso ou honrado, Will lhe dissera. Às vezes é impossível ser os dois." 

Enfim, leiam sem perder tempo, mas fiquem preparados para um turbilhão de emoções, separem o lencinho e boa leitura.

Eu vou ficando por aqui, obrigada pela companhia e até a próxima. 

                 

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