12/09/2022

[Resenha] Pacto Brutal - O Assassinato de Daniella Perez


Onde assistir: HBO Max  

Quantidade de episódios: 5 episódios  

Tempo por episódio: 60 minutos  

Status: Finalizada 

Ano de lançamento: 2022 


Olá, povo lindo! 


Acabei de assistir o documentário Pacto Brutal – O assassinato de Daniella Perez e estou em choque com muitos pontos além do assassinato, por isso, vim dividir meus pensamentos com vocês e liberar um pouco dessa dor que ficou no meu peito.  

 

Eu já tinha escutado membros da minha família comentarem sobre esse assunto, mas sempre ficou muito por alto já que eu era uma criança e me recordo brevemente da indignação das pessoas a minha volta com a liberdade do assassino em 1999. Sendo assim não era um caso desconhecido, mas ter acesso ao que aconteceu, escutar relatos e conhecer a vítima pelos olhos de pessoas que a amam tornou aquela história da infância real e a empatia que eu não sentia brotou no meu coração como uma flor em forma de bailarina. 


 

O assassinato é brutal, aterrorizante e triste de uma maneira que eu não consigo nem começar a explicar, sei que todo dia alguém morre com seus sonhos, deixando para trás todo uma comunidade afetiva devastada. Mas estamos sendo específicos aqui e espero que consigam pegar a coisa, por se tratar de figuras públicas a imprensa foi cruel, as pessoas enlouqueceram em suas suposições, os réus confundiram o Brasil que não soube separar realidade de ficção e assim a dignidade de Daniella foi posta à prova sem que a mesma pudesse se defender, deixando para família em luto a responsabilidade de defender sua memória e seu caráter. Nesse caso a imprensa se dividiu como o mar vermelho, tendo aqueles que só queriam vender revista e outros que estavam de fato lutando por justiça, para o bem e para o mal a imprensa teve uma participação importante no decorre do caso. 

 

Glória Perez foi incansável em sua busca por justiça, alcançando patamares onde uma emenda que mudou o código penal incrementando a lei que pune crimes hediondos. Não posso dizer para vocês que entendi a imensidão de sua dor, mas consegui em meio aos seus relatos sentir a força destrutiva que é perder alguém em situação tão desumana. Não apenas uma vida foi tirada, mas sonhos, planos e possibilidades o pior é que isso acontece com todo uma família, um episódio de ódio e ganancia tão cru, tão frio jamais deve ser esquecido, afinal é assim que não cometemos os mesmos erros, mas a garantia que a dor é permanente no coração dessa família é inegável.  


 "Se incomoda muito por ter sido chamado de homossexual, mas não se incomodava de ser chamado de assassino" 


Daniella Perez é descrita como a alegria em pessoa, uma luz forte e brilhante que poderíamos dizer que cumpriu seu papel de iluminar o mundo, mas não é a verdade. Ela foi arrancada de seus amores, como a dança, sua família e a atuação, os vídeos caseiros do documentário mostram um pouco desse lado que eu nunca poderei apreciar, nem seu talento nas telinhas e nos palcos. Me indigna profundamente que Daniella não possa mais dançar e ser feliz, que sua família e amigos nunca mais vão poder abraça-la, mas seus assassinos confessos seguem SOLTOS, vivendo como se ela não tivesse significado nada, sem um pingo de arrependimento e ainda buscando mídia, mas o que me dói é o fato dessas pessoas terem apoio, uma delas se tornou pastor e comanda uma congregação, eu me pergunto “quem acha que chegará a Deus seguindo esse homem que é o próprio anticristo?” Quem consegue sentar na mesma mesa com essa mulher e conversar trivialidades como se ela não fosse um monstro. Eu acredito em segundas chances, mas em certos casos principalmente quando a vítima não tem uma segunda chance acredito que o algoz merece apodrecer em uma cela de prisão, não ser exaltado e aplaudido, creio de verdade que não deveria existir pena mínima ou nada que pareça uma vida para essas pessoas.  

 

Para terminar quero dizer que é um documentário pesado emocionalmente, pois querendo ao não é próximo dos brasileiros, estamos falando de um dos nossos e isso mostra a possibilidade de que tudo pode acontecer com qualquer um. Mas vale a pena, escutar uma mãe, conhecer essa estrela, conhecer e respeitar essa luta, essa dor. 


Eu fico por aqui, um beijo e até a próxima!

 

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