19/01/2023

[Resenha] É assim que acaba - Colleen Hoover


Sinopse: Lily nem sempre teve uma vida fácil, mas isso nunca a impediu de trabalhar arduamente para conquistar a vida tão sonhada. Ela percorreu um longo caminho desde a infância, em uma cidadezinha no Maine: se formou em marketing, mudou para Boston e abriu a própria loja. Então, quando se sente atraída por um lindo neurocirurgião chamado Ryle Kincaid, tudo parece perfeito demais para ser verdade. Ryle é confiante, teimoso, talvez até um pouco arrogante. Ele também é sensível, brilhante e se sente atraído por Lily. Porém, sua grande aversão a relacionamentos é perturbadora. Além de estar sobrecarregada com as questões sobre seu novo relacionamento, Lily não consegue tirar Atlas Corrigan da cabeça seu primeiro amor e a ligação com o passado que ela deixou para trás. Ele era seu protetor, alguém com quem tinha grande afinidade. Quando Atlas reaparece de repente, tudo que Lily construiu com Ryle fica em risco. Com um livro ousado e extremamente pessoal, Colleen Hoover conta uma história arrasadora, mas também inovadora, que não tem medo de discutir temas como abuso e violência doméstica. Uma narrativa inesquecível sobre um amor que custa caro demais.  

Autora: Colleen Hoover 

EditoraGalera Record 

Páginas: 368 

Classificação: 4/5 

Formato: E-book 

Alerta da gatilho: História com conteúdo sensível!


Olá, povo lindo! 

 

O nome da Colleen Hoover está sempre na boca do povo (ou nesse caso, nos dedos do povo) essa era uma coisa que eu já sabia, mas voltando a frequentar o Twitter percebi que o assunto vai um pouco além. Sendo para o bem ou para o mal a autora é o assunto. É nesse clima gostoso que venho dividir com vocês minha opinião sobre o livro “É assim que acaba”. 

 

Ok! Essa não é uma leitura leve, existem gatilhos que devem ser respeitados e para se ficar atento, porém não é o trabalho mais pesado da autora, na minha opinião “Um caso perdido” ainda está na liderança tanto como história de embrulhar o estômago quanto história bem desenvolvida. Pode ser paranoia minha, mas as vezes eu acho que a CoHo escreve adolescentes muito mais maduros do que adultos. Enfim, voltando para o livro que interessa, É assim que acaba trata de uma temática delicada e com nuances ao longo da narrativa, porém deixa claro desde o início qual caminho a história vai seguir e mesmo assim eu fui pega de surpresa na hora H e isso me chocou muito, pois eu esperei algo em vários momentos, me preparei mentalmente em vários acontecimentos para ser pega de surpresa DO NADA, talvez isso tenha sido o alerta verdadeiro de toda a narrativa, aquilo não vem quando mais tememos e sim quando menos esperamos, depois é só uma questão de esperar a próxima vez. 


“Quinze segundos. Esse é o tempo necessário para mudar completamente tudo o que você conhece sobre uma pessoa. Quinze segundos.” 

 

A narrativa é dividida entre o passado e presente de Lily. Seu passado que é muito mais interessante que seu presente toma conta da história, pois é de longe mais envolvente e emocional, já seu presente se torna muitas vezes frustrante, mas minha principal reclamação (além do óbvio) é que falta a bendita da química entre Lily e Ryle não existe mesmo que a autora queira enfiar isso em nossa goela abaixo, simplesmente não funciona. o passado, ou seja, Atlas eu vou deixar para falar na próxima resenha que vai sair MUITO em breve, mas adianto que o cara inventou a tabela periódica. 

 

Não é possível detalhar personalidades e acontecimentos, se não entrego tudo de bandeja para vocês e não gosto disso. Por isso, vamos seguir para a parte da resenha onde eu digo com todas as letras que julguei a Lily sem dó por um bom tempo. Fico envergonhada em admitir que tive raiva da personagem ao mesmo tempo que compreendo e sou empática com relações abusivas, até porque li muito a respeito e sei a dificuldade em reconhecer e aceitar algo assim na própria vida. Mas Lily percebe o caminho que está trilhando desde o começo e mesmo assim se apega as desculpas mais esfarrapadas do mundo para manter seu relacionamento. Quando aconteceu o plot da história eu fiquei assustada para logo depois chorar quando me dei conta que a história estava se repetindo, que a doce e batalhadora Lily estava seguindo um uma estrada já conhecida pelos seus cacos de vidro no chão e onde só se pode caminhar descalço. Achei estranho a autora seguir a narrativa por uma via tão não condizente com o passado da Lily, pensei que tiraríamos algo disso, sobre repetição de comportamento ou trauma, mas a lição foi outra e só veio no fim, por isso, é imprescindível ler a nota da autora do final do livro, ali vocês iram encontrar algumas respostas e se emocionar para caramba. 


“Não são as ações de uma pessoa que mais machucam. É o amor. Se não houvesse amor ligado à ação, a dor seria um pouco mais fácil de suportar.” 


No mais, não é o melhor trabalho da Colleen, porém não deixa de ser bom, já que ele carrega muito do DNA da autora, seu estilo está presente, mas alguns pecados foram cometidos e isso meio que deixou a desejar. Eu poderia dizer que foi a falta da vitamina Atlas na história, pois muito ficou no ar sobre ele, a cada volta ao passado fica subentendido que a participação do personagem será a chave que fará a história se tornar completa, mas percebesse que a autora queria que Lily fosse sua própria heroína, mas a personagem não possuiu o carisma necessário para segurar um protagonismo sozinha. Enfim, enquanto Lily é a Dory com sua péssima memória e pouco senso de proteção, Atlas é o Nemo, aquele que carrega a expectativa da narrativa, mas no final é só um nome na história de outra pessoa. 


“Eu espero que você desafie as probabilidades da maioria dos sonhos e realmente realize os seus.” 

 

É isso, reclamei mesmo, mas gostei da leitura também. Ler Collen Hoover tem disso, nem sempre é um bom entretenimento, mas podemos contar com alguma coisa para rever e refletir e com situações nem um pouco agradáveis, eu só queria de verdade que ela tivesse feito melhor, pois essa história merecia.  

 

Beijos e até a próxima! 

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