Autora: Colleen Hoover
Editora: Galera Record
Páginas: 368
Classificação: 4/5
Formato: E-book
Alerta da gatilho: História com conteúdo sensível!
Olá, povo lindo!
O nome da Colleen Hoover está sempre na boca do povo (ou nesse caso, nos dedos do povo) essa era uma coisa que eu já sabia, mas voltando a frequentar o Twitter percebi que o assunto vai um pouco além. Sendo para o bem ou para o mal a autora é o assunto. É nesse clima gostoso que venho dividir com vocês minha opinião sobre o livro “É assim que acaba”.
Ok! Essa não é uma leitura leve, existem gatilhos que devem ser respeitados e para se ficar atento, porém não é o trabalho mais pesado da autora, na minha opinião “Um caso perdido” ainda está na liderança tanto como história de embrulhar o estômago quanto história bem desenvolvida. Pode ser paranoia minha, mas as vezes eu acho que a CoHo escreve adolescentes muito mais maduros do que adultos. Enfim, voltando para o livro que interessa, É assim que acaba trata de uma temática delicada e com nuances ao longo da narrativa, porém deixa claro desde o início qual caminho a história vai seguir e mesmo assim eu fui pega de surpresa na hora H e isso me chocou muito, pois eu esperei algo em vários momentos, me preparei mentalmente em vários acontecimentos para ser pega de surpresa DO NADA, talvez isso tenha sido o alerta verdadeiro de toda a narrativa, aquilo não vem quando mais tememos e sim quando menos esperamos, depois é só uma questão de esperar a próxima vez.
“Quinze segundos. Esse é o tempo necessário para mudar completamente tudo o que você conhece sobre uma pessoa. Quinze segundos.”
A narrativa é dividida entre o passado e presente de Lily. Seu passado que é muito mais interessante que seu presente toma conta da história, pois é de longe mais envolvente e emocional, já seu presente se torna muitas vezes frustrante, mas minha principal reclamação (além do óbvio) é que falta a bendita da química entre Lily e Ryle não existe mesmo que a autora queira enfiar isso em nossa goela abaixo, simplesmente não funciona. Só o passado, ou seja, Atlas eu vou deixar para falar na próxima resenha que vai sair MUITO em breve, mas adianto que o cara inventou a tabela periódica.
Não é possível detalhar personalidades e acontecimentos, se não entrego tudo de bandeja para vocês e não gosto disso. Por isso, vamos seguir para a parte da resenha onde eu digo com todas as letras que julguei a Lily sem dó por um bom tempo. Fico envergonhada em admitir que tive raiva da personagem ao mesmo tempo que compreendo e sou empática com relações abusivas, até porque li muito a respeito e sei a dificuldade em reconhecer e aceitar algo assim na própria vida. Mas Lily percebe o caminho que está trilhando desde o começo e mesmo assim se apega as desculpas mais esfarrapadas do mundo para manter seu relacionamento. Quando aconteceu o plot da história eu fiquei assustada para logo depois chorar quando me dei conta que a história estava se repetindo, que a doce e batalhadora Lily estava seguindo um uma estrada já conhecida pelos seus cacos de vidro no chão e onde só se pode caminhar descalço. Achei estranho a autora seguir a narrativa por uma via tão não condizente com o passado da Lily, pensei que tiraríamos algo disso, sobre repetição de comportamento ou trauma, mas a lição foi outra e só veio no fim, por isso, é imprescindível ler a nota da autora do final do livro, ali vocês iram encontrar algumas respostas e se emocionar para caramba.
“Não são as ações de uma pessoa que mais machucam. É o amor. Se não houvesse amor ligado à ação, a dor seria um pouco mais fácil de suportar.”
No mais, não é o melhor trabalho da Colleen, porém não deixa de ser bom, já que ele carrega muito do DNA da autora, seu estilo está presente, mas alguns pecados foram cometidos e isso meio que deixou a desejar. Eu poderia dizer que foi a falta da vitamina Atlas na história, pois muito ficou no ar sobre ele, a cada volta ao passado fica subentendido que a participação do personagem será a chave que fará a história se tornar completa, mas percebesse que a autora queria que Lily fosse sua própria heroína, mas a personagem não possuiu o carisma necessário para segurar um protagonismo sozinha. Enfim, enquanto Lily é a Dory com sua péssima memória e pouco senso de proteção, Atlas é o Nemo, aquele que carrega a expectativa da narrativa, mas no final é só um nome na história de outra pessoa.
“Eu espero que você desafie as probabilidades da maioria dos sonhos e realmente realize os seus.”
É isso, reclamei mesmo, mas gostei da leitura também. Ler Collen Hoover tem disso, nem sempre é um bom entretenimento, mas podemos contar com alguma coisa para rever e refletir e com situações nem um pouco agradáveis, eu só queria de verdade que ela tivesse feito melhor, pois essa história merecia.
Beijos e até a próxima!
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