24/09/2018

[Resenha] Asiáticos podres de ricos - Kevin Kwan


Sinopse: Best-seller internacional que inspirou uma das mais aguardadas adaptações cinematográficas do ano. Quando Rachel Chu chega a Cingapura com o namorado para o casamento de seu melhor amigo, imaginava passar dias tranquilos com uma simpática família. Só que Nick não mencionou alguns detalhes, como o fato de sua família ter muito, muito dinheiro, que ela viajaria mais em jatinhos particulares do que de carro e que caminhar de mãos dadas com um dos solteiros mais ricos da Ásia era como ter um alvo nas costas. Logo, Rachel percebe que não será poupada das fofocas e intrigas. Isso sem falar na mãe de Nick, uma mulher com opiniões bem fortes sobre com quem o filho deve – ou não – se casar. Um passeio pelos cenários mais exclusivos do Extremo Oriente – das luxuosas coberturas de Xangai às ilhas particulares do mar da China Meridional –, Asiáticos Podres de Ricos é uma visão do jet set oriental por dentro. Com seu olhar satírico, Kevin Kwan traça um retrato engraçadíssimo do conflito entre os novos-ricos e as famílias tradicionais em seu romance de estreia, que já fez milhares de leitores chorarem de tanto rir no mundo todo.

Autor: Kevin Kwan
Editora: Record
Páginas: 490
Classificação: 3/5

          Me vi muito empolgada para realizar a leitura, comecei um pouco depois da entrega do correio, mas as coisas não fluíram como planejado e eu acabei demorando além da conta para concluir.

            A primeira coisa que vocês precisam saber é que a história em si é muito legal, a ideia e construção foram bem feita e elaborada, tanto que virou filme (vamos falar disso mais abaixo). Porém na ânsia de apresentar toda a beleza desse novo universo glamoroso o autor pesou a mão e fez a narrativa ficar bastante arrastada devido as incansáveis descrições. Vejam bem, acho necessário já que não conhecemos esse mundo, porém o livro é praticamente descrição de lugares, vestidos, estilo de vida etc... Ficou de fato cansativo e sinceramente acho que perdeu a fluidez devido a esse detalhe.

          A narrativa é feita em terceira pessoa e acompanha vários personagens, eu pensei que o autor ia se perder nesse quesito também, mas não aconteceu e até os meros coadjuvante foram bem construídos, lógico que não deu para se aprofundar na personalidade de todos, mas as cobras são identificáveis de longe e os bonzinhos também. Enfim, como a narrativa não foca em ninguém, algumas coisas ficaram perdidas no caminho, eu esperava altas fofocas e coisas maquiavélicas pela família do Nick e acabou não acontecendo, o movimento real dessa história que a meu ver deveria ter sido o centro da trama, ganho pouco destaque, o foco mesmo acontece no final do livro o que acabou deixando corrido e sem uma definição clara, porém o livro é o primeiro de uma série, sendo assim é aceitável o final meio aberto.

“Para mim, chega de estar ao lado desses asiáticos podres de ricos, dessas pessoas cujas vidas giram em torno de ganhar dinheiro, gastar dinheiro, de ostentar dinheiro, de comparar dinheiro, de esconder dinheiro, de controlar os outros com dinheiro, de arruinar a vida dos outros com dinheiro.” 

            O drama é o ponto alto do livro, personagens exagerados e fúteis fazem a mesmice e previsibilidade muito engraçada, eles conseguem transformar uma gota em tempestade em um nano segundo e é absurda a forma como a valorização de status é apreciada. Eu dei umas risadas ao longo da narrativa e acredito que isso tenha ajudado a me manter firme até o final da leitura.

Nesse ponto vocês devem está pensando que eu odiei o livro, mas se enganam. Claro que não morri de amores como gostaria, nem me envolvi como esperava, porém gostei muito da ideia do livro e acho realmente que ele funciona melhor visualmente, o que nos leva ao filme, o qual eu assisti e gostei bastante. Minhas suspeitas que a história funcionaria melhor visualmente foi confirmada e rendeu um belo filme, com um visual incrível e os roteiristas souberam focar no casal principal sem perder as histórias paralelas.

Minhas considerações finais sobre o livro é que poderia ter tido menos descrição de coisas e mais diálogo e movimento, fora isso acho uma leitura válida que pode ser muito prazerosa para quem gosta de conhecer novos lugares e culturas, além da clara crítica com o preconceito social que a alta sociedade asiática parece ter até hoje.  Não comecem esperando emoção logo de cara, mas entendam que é um livro que vale a pena no final das contas.

Beijos

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