22/07/2016

[Resenha] A Herdeira - Kiera Cass


A Herdeira 

Sinopse: Descubra o que vem depois do “felizes para sempre”. Vinte anos atrás, America Singer participou da Seleção e conquistou o coração do príncipe Maxon. Agora chegou a vez da princesa Eadlyn, filha do casal. Prestes a conhecer os trinta e cinco pretendentes que irão disputar sua mão numa nova Seleção, ela não tem esperanças de viver um conto de fadas como o de seus pais… Mas assim que a competição começa, ela percebe que encontrar seu príncipe encantado talvez não seja tão impossível quanto parecia.



Autora: Kiera Cass
Editora: Seguinte
Páginas: 392
Nota: 3/5

** Contém spoiler dos livros A Seleção.


             Quem leu minhas resenhas da trilogia A Seleção sabe o quanto eu gostei dos livros, para quem não leu as resenhas anteriores, mas gostaria vou deixar os links abaixo.

 

Links das resenhas: A Seleção, A EliteA Escolha.

 

           Hoje o assunto é a filha da América, a herdeira do trono, a personagem que tem muito o que evoluir. estou flando da única, soberana, a princesa Eadlyn, A Herdeira.

 

“Há uma coisa que consegui fazer em sete minutos que a maioria das pessoas consideraria bem impressionante: me tornar rainha.”

 

             America e Maxon ganharam meu coração ao longo de sua trilogia e por conta disso eu estava muito ansiosa para conhecer a história da filha deles e da família que eles construíram. Confesso que estava pronta para entregar meu coração logo na primeira página para  Eadlyn, afinal ela é filha do casal mais fofo de todos os tempos, porém não foi bem isso que aconteceu, já que logo no primeiro capitulo a princesa já mostra a que veio e deixa bem claro que tem tudo para ser insuportável.

 

             Ao mesmo tempo em que eu acho a Eadlyn insuportável e nojentinha entendo toda a pressão que ela sofre com o fato de ser a próxima rainha, entendo que ela e mimada, pois sempre teve tudo que queria e nunca teve que passar um minuto de dificuldade na vida, o que não entra na minha cabeça é essa distancia que ela tem das pessoas, ela não se importa de verdade com seu povo ou até mesmo com o sentimento das pessoas ao seu redor, parece que o mundo gira em torno do umbigo dela e isso me deixou muito irritada. Por vezes quis entrar no livro e dar tapas na cara dessa princesinha mimada, quis mostrar para ela que o mundo não era apenas o castelo e principalmente mostrar que seus súditos são pessoa e não bonequinhos. Felizmente com o tempo ela começa a se mostrar uma evolução, não a ponto de me fazer amar a personagem, mas comecei aos poucos a simpatizar com ela e conforme a princesa se torna mais humana passei a perceber que toda a pose de durona era apenas isso, pose.

 

“Há muitas coisas que fazemos não porque queremos, mas porque devemos.”

 

             Devido a alguns problemas no reino, Maxon decide que a melhor forma de lidar com isso é providenciando uma nova seleção que deve ser protagonizada por Eadlyn a fim de distrair o povo e dar tempo para que ele consiga achar uma solução para seus problemas (A velha máxima de pão e circo) e com isso 35 garotos são escolhidos para disputar o coração da princesa, mas ela não fica nem um pouco entusiasmada com a ideia já que devido ao seu distanciamento nunca pensou em se casar e o que mais deseja é governar seu país sozinha. 

 

            Gostaria de fazer duas observações, primeiro eu concordo com a Eadlyn de não querer sua vida pessoal exposta, não querer se tornar atração e principalmente não concordar com "ter" que se casar, afinal nós mulheres podemos escolher que caminho seguir nas nossas vidas, mesmo que sonhar com o amor seja algo presente, temos o direito de não sonhar com o amor se essa for nossa vontade e meio que isso me incomodou, afinal ela não precisa de um homem para governar e a principio não está em busca de amor e ter que casar por obrigação é uma péssima ideia. Minha segunda observação é o contrario da primeira, não sei se estou pirando, mas achei que essa segunda seleção onde a mulher tem o poder seja a forma que a autora encontrou de mostrar que preza pelos direitos iguais, já que antes de começar a seleção a princesa faz um acordo com pai, um acordo que deixa claro que ela não tem que fazer nada, que precisa apenas tentar e ao contrário do que aconteceu na seleção anterior, dessa vez quem detém o poder de escolha é a mulher.

 

“Há coisas sobre nós mesmos que só aprendemos quando deixamos alguém se aproximar de verdade.”

 

           Eu não esperava que a Kiera desenvolvesse os problemas políticos, me decepcionei com esse ponto em A Seleção e me preparei para não esperar mais do que certamente eu teria e essa foi a melhor decisão que eu tomei para que minha leitura fluísse de maneira mais agradável, por que é chato ficar esperando por uma coisa que nunca vai se desenvolver, antes de começar a ler tenha em mente que Kiera não escreve tramas politicas, ela escreve romance e é nisso que ela é muito boa, ela tenta colocar uma revolta aqui, um protesto ali, mas nunca passará disso, pois claramente essa não é a praia dela.

 

          O final desse livro me deixou com o coração na mão, Kiera não pode brincar assim com os sentimentos das pessoas, mas o BUM da história me deixou mega ansiosa para saber como tudo vai se desenrolar e principalmente quero saber como alguém vai lidar com a culpa.

 

“Desejo que você encontre o amor. Um amor inconsequente, incansável, que a consuma.”

 

        Enfim, se você leu A Seleção e amou tanto quanto eu, sei que está louca (o) para conferir A Herdeira e se leu e não gostou muito talvez a mudança de personalidade da protagonista possa vir a agradar, mas isso fica a critério de cada um. Eu sei que amei todos os livros lançados pela autora , gosto muito da escrita dela e de como ela consegue prender a atenção do leitor mesmo sem ter o algo a mais que uma distopia precisa.

 

              Eu vou ficando por aqui, espero que tenham gostado da resenha, obrigada pela visita e até a próxima.

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