[Resenha] O conde enfeitiçado - Julia Quinn

Sinopse: Toda vida tem um divisor de águas, um momento súbito, empolgante e extraordinário que muda a pessoa para sempre. Para Michael Stirling, esse instante ocorreu na primeira vez em que pôs os olhos em Francesca Bridgerton. Depois de anos colecionando conquistas amorosas sem nunca entregar seu coração, o libertino mais famoso de Londres enfim se apaixonou. Infelizmente, conheceu a mulher de seus sonhos no jantar de ensaio do casamento dela. Em 36 horas, Francesca se tornaria esposa do primo dele. Mas isso foi no passado. Quatro anos depois, Francesca está livre, embora só pense em Michael como amigo e confidente. E ele não ousa falar com ela sobre seus sentimentos a culpa por amar a viúva de John, praticamente um irmão para ele, não permite. Em um encontro inesperado, porém, Francesca começa a ver Michael de outro modo. Quando ela cai nos braços dele, a paixão e o desejo provam ser mais fortes do que a culpa. Agora o ex-devasso precisa convencê-la de que nenhum homem além dele a fará mais feliz.

 
Autora:  Julia Quinn
Editora: Arqueiro
Páginas: 304
Classificação: 5/5

 

Olá, povo lindo!

            Continuando nossa leitura dessa família mega numerosa, chegamos na história de Francesca que a meu ver é até então a Bridgerton menos mencionada e mais afastada da família. Acho que essa não exploração da personagem deixou minha mente livre de expectativas e olha que maravilha é a vida, eu amei tanto esse livro que nem sei direito o que dizer.

 

            Francesca é mencionada poucas vezes ao longo dos livros anteriores, temos uma vaga ideia de como é a personalidade da personagem, mas nada profundo ou que desse uma visão clara do que poderíamos encontrar. O que sabemos de antemão é que a menina casou em sua primeira temporada e depois ficou viúva pouco tempo depois. Foi um pouco doloroso descobrir o quanto ela era feliz e plena em seu casamento e como a morte repentina do marido lhe tirou muito mais do que apenas o amor de sua vida. Francesca se mostrou além de todas as qualidades já encontradas na família uma mulher muito forte, que preza por sua autonomia, mas que com o tempo e a juventude a seu favor percebe que lhe falta algo e assim decide usar a praticidade para conseguir o que quer e assim começamos mais uma temporada da então viúva.

“Francesca não gostava de achar que era covarde, mas entre ser covarde e tola, escolhia a primeira opção. De bom grado.”

 

            Antes de falar do Michael e toda as coisas que precisam ser faladas nessa resenha, gostaria de dizer que foi muito interessante essa nova perspectiva de narrativa, até então não tínhamos uma visão de viúvas se casando novamente e acompanhar o processo da época foi bem interessante, além claro, de todas as questões que envolvem essa decisão em particular, podemos perceber novamente a diferença já encontrada em “Um Perfeito cavalheiro” em uma narrativa menos recatada, porém com um toque machista característico da época, com comentários bem idiotas e toda a questão da perda de identidade própria.

  

            Agora vamos falar do Michael, estou apaixonada? Podemos dizer que estou sim, claro, com toda certeza. Achei o personagem perfeitamente dosado de todas as características para um ótimo mocinho caliente. Ele é primo e melhor amigo (praticamente irmão) do marido da Francesca, consequentemente ele é o melhor amigo da própria, até John falecer. Quando isso acontece Michael que já era apaixonado secretamente pela querida “prima” herda o título do primo e tudo o que vem com ele. É completamente plausível a surtada do personagem nesse primeiro momento, toda sua questão de está roubando a vida de John é bem pertinente e por isso, ele viaja por anos, voltando exatamente na época em que Fran decide se casar novamente.

 

“Desejara Francesca. Apenas isso. Mas não dessa forma. Não àquele preço. Jamais invejara a boa sorte de John. Jamais invejara o título, o dinheiro ou o poder dele. Invejara apenas a sua mulher.”

 

A história dos dois personagens é muito bonita, cheia de questões individuais, porém com o mesmo motivo. O desenrolar da uma certa aflição, pois fica em uma constante de não comunicação até que Colin (sempre ele, meu amorzinho) dá um empurrão na direção certa e tudo flui, com alguns problemas no caminho, mas tudo muito bonito e quente. Pensa em uma história quente, temos isso nesse livro. Fran descobre uma sexualidade inexplorada enquanto lida com suas dúvidas e isso tudo é bem dosado e interessante de se acompanhar.

 

            O desfecho é bem rápido, assim como nos outros livros chegamos a uma conclusão simples e fim de papo, mas eu achei muito legal a autora brincar com a ausência familiar dos Bridgertons na vida da Francesca. Infelizmente o epílogo não respondeu a questão principal que girou na minha cabeça, Francesca conseguiu o que buscava? Mesmo assim é um epílogo de respeito e muito tocante que condiz perfeitamente com toda a história explorada nesse livro.

 

“E ele, que dormira com tantas mulheres, subitamente se deu conta de que nada fora até então além de um menino imaturo. Porque nunca tinha sido daquela maneira. Antes tinha sido o seu corpo. Aquilo era a sua alma.”

 

            Sinceramente espero ver mais um pouquinho desse casal nos últimos livros, estamos chegando ao fim dessa jornada. Eu vou seguindo para a próxima história com as energias renovadas. Espero que tenham curtido a resenha e estejam gostando do projeto.

 

Beijos e até a próxima!

 

Essa leitura faz parte do projeto

Lendo os Bridgertons