Sinopse: No mundo dos Caçadores de Sombras,
ninguém está seguro. E agora que Clary descobriu fazer parte do perigoso
Submundo, sua vida nunca mais será a mesma. Jace, seu recém-descoberto irmão,
está cada vez mais impossível, e não parece medir esforços para enfurecer a
todos. E sua atitude de bad boy não ajuda em nada quando, após o roubo do
segundo dos Instrumentos Mortais, a Inquisidora aparece no Instituto para
interrogá-lo... Agora Jace é suspeito de ajudar o pai, o perverso Valentim, num
plano que vai colocar em risco não só Idris ou o Submundo, mas toda a cidade de
Nova York. E Clary não pode deixar de se perguntar: será que as ironias de Jace
são só uma forma de chamar atenção, ou também pode haver uma traição por trás
de tanto mistério?
Autora: Cassandra Clare
Editora: Galera Record
Páginas; 406
Classificação: 4/5
Em Cidade das
cinzas subi mais um degrau para amar a série como eu amo hoje, lembro que na
época eu fiquei muito feliz de constatar que Instrumentos Mortais estava em uma
crescente. Todo mundo já deve conhecer a maldição da continuação quando o
primeiro livro é foda e o segundo da uma derrapada considerável. Acho que como
não achei Cidade dos Ossos tudo isso não esperava grande coisa da continuação,
mas tive uma bela surpresa.
Acredito que eu ter gostado tanto desse livro
se deve ao fato dele não ter sido totalmente focado na Clary, Cidade das cinzas
deu espaço para que conhecêssemos melhor outros personagens e por conta disso
foi mais fácil me envolver na história, pude escolher em quem me apegar e não
me senti obrigada a adorar a protagonista, que (dou o braço a torcer) teve uma
evolução considerável e mesmo me irritando em alguns momentos subiu mais um
degrau na escadinha do meu coração. Jace é o ponto alto desse segundo livro,
sua personalidade e história foram melhores exploradas, o que me fez gostar
ainda mais do personagem que não perdeu sua maneira petulante e egocêntrica de
ser. Outro que entrou na minha lista de queridinhos a partir desse livro foi o
maior feiticeiro que você respeita, ele mesmo Magnus Bane, gente é tanto amor
que vocês não fazem ideia e eu não sei explicar. Bane participou de 70% da
narrativa trazendo junto com ele o Alec que a princípio era um personagem sem
muito carisma e bem babaca, mas se mostrou muito corajoso, leal e apaixonante,
confesso que fiquei bem assustada com a rapidez que ele subiu no meu conceito.
Outros personagens que merecem ser citados é a Isabelle que se mostrou ainda
mais corajosa que em Cidade dos Ossos, extremamente justa e com um senso de
lealdade e de família sem igual, já Simon não é meu personagem preferido, ele
me irrita bastante na verdade a mania de todos acharem que ele é fraco e
indefeso faz dele em alguns momentos um pouco patético, mas uma mudança em sua
história tirou o personagem da minha lista negra, mas isso é só nos próximos
livros.
“Crescer acontece quando você olha para trás e percebe que há coisas que gostaria de poder mudar.”
Da para perceber que o foco maior desse livro
é a família e a forma como a Cassandra trata disso me deixou tão interessada
que foi difícil abandonar a leitura por qualquer motivo (até mesmo comer).
Posso dizer que ela mostrou que não precisam existir laços sanguíneos para ser
uma família e que o importante mesmo é o amor, tanto que a Clary em um
determinado momento da narrativa diz que Luke é seu verdadeiro pai, pois ele a
criou e amou como uma filha. Ao mesmo tempo em que Jace não consegue amar Clary
como irmã mesmo partilhando do mesmo sangue, já Isabelle ocupa esse espaço na
sua vida e no seu coração, assim como Alec e Max. Além de toda essa sutileza em
dizer que sangue não é o que de fato faz uma família, o livro mostra que
nenhuma é perfeita e que por vezes alguém que amamos nos chocam ou nos machucam.
“Gostaria de conseguir odiá-la […] Quero odiar. Tento odiar. Seria muito mais fácil se odiasse. Às vezes acho que odeio, e depois quando te vejo eu…”
A qualidade de escrita da Cassandra melhorou
consideravelmente nesse livro, a narrativa continua em terceira pessoa, o ritmo
também teve uma acelerada em comparação com o primeiro e isso me agradou muito,
pois facilitou minha leitura e eu achei mais envolvente. A minha capa é
holográfica, a diagramação está muito boa, as folhas são amarelas e de boa
gramatura.
Antes de terminar essa resenha quero
levantar o assunto Clave, não gosto do alto escalão deles, assim como tudo que
da errado nessa vida eles acham que os shadowhuntes são superiores aos outros
povos, fica claro ao longo da narrativa que são implacáveis e arcaicos o que me
deixou BEM irritada, suas decisões não incluem o todo, eles as tomam com base
unicamente no que é melhor para eles e fim, não pode existir tal poder, ninguém
tem o direto de ser tão poderoso, mesmo que seja sua responsabilidade “tomar
conta” do mundo. Não sei se tudo isso é coisa da minha cabeça ou foi
intencional para uma reflexão, mas prevejo uma desconstrução, acredito que toda
forma de governo é falha e que é preciso ter mudanças, as coisas já começaram a
mudar de fora para dentro nesse livro, antes de “salvar” o mundo a Clave
precisa mudar sua forma de enxergá-lo.
“Quando você realmente ama alguma coisa, nunca tente conservá-la do mesmo jeito para sempre. Precisa deixá-la livre para mudar.”
Minha
consideração final é para que leiam a série, procurem enxergar o mundo
maravilhoso criado por trás dos personagens, essa é uma fantasia muito rica,
muito bem feita e merece ser lida considerando todos os pontos e não apenas a
história principal, que está melhorando bastante por sinal. Estou bem feliz de
ter continuado com a leitura, hoje consigo enxergar de uma maneira diferente da
época que eu li pela primeira vez e isso é maravilhoso, descobrir coisas novas
em uma história já conhecida.
Beijos !
Oi Thayza :)
ResponderExcluirNossa irei começar Cidade dos Ossos daqui 3 dias e estou com uma enorme expectativa, se elas não forem cobertas juro que irei morrer, beijos !!
http://euvivolendo.blogspot.com.br/
Essa série está na minha lista de futuras aquisições e eu já estou ansiosa para começar a leitura. Sério, é só coisa boa que falam desses livros. Ainda não assisti o filme porque quero ler primeiro. Affs, não vejo a hora de chegarem as férias pra eu poder me dedicar somente à leitura.
ResponderExcluirBjos
entrereaiseutopias.blogspot.com.br