05/11/2013

[Resenha] Divergente - Veronica Roth


Sinopse: Numa Chicago futurista, a sociedade se divide em 5 facções: Abnegação, Amizade, Audácia, Franqueza e Erudição e não pertencer a nenhuma facção é como ser invisível. Beatrice cresceu na Abnegação, mas o teste de aptidão por que passam todos os jovens aos 16 anos, numa grande cerimônia de iniciação que determina a que grupo querem se unir para passar o resto de suas vidas, revela que ela é, na verdade, uma divergente, não respondendo às simulações conforme o previsto. A jovem deve então decidir entre ficar com sua família ou ser quem ela realmente é. E acaba fazendo uma escolha que surpreende a todos, inclusive a ela mesma, e que terá desdobramentos sobre sua vida, seu coração e até mesmo sobre a sociedade supostamente ideal em que vive.

Autora: Veronica Roth 
Editora: Rocco
Páginas: 504
Classificação: 5/5 - Favorito


Vou começar essa rápida análise falando da Tris (Beatrice) confesso que no começo ela me irritou um pouco com a lengalenga de ser fraca, baixinha e “uma careta”, mas ao longo da história ela começa a tirar vantagens desses "defeitos" e meu mal estar com ela passou por completo, pois tirando a loucura que é a vida da personagem na Audácia ela tem sentimentos muito reais e consegue aceitar e tirar vantagens de tudo que existe dentro dela, as coisas boas e as ruins. Ela é uma menina inteligente, de aparência comum, altruísta e muito corajosa, por mais difíceis que sejam as coisas ela sempre segue em frente, mesmo que custe sua vida. Além de Tris temos Quatro (suspiros) o galã da historia por quem eu estou sou encantada até hoje, pois ele é o MEU tipo de mocinho preferido, com seu jeito arrogante, cheio de si, mas completamente encantador, ele é o tipo que dá medo sem fazer esforço, mais ao mesmo tempo passa uma confiança enorme e quando se trata de romance ele não deixa a desejar, não tem flores e bombons, mas o cuidado e a preocupação com a Tris são evidentes mesmo quando ele tenta esconder, essa sensação de romance foi tão forte para mim que quase dei pulinhos quando rolou o primeiro beijo.

Veronica Roth soube escrever um ótimo livro, o tipo que não fica parado um segundo e você tem a necessidade de ficar acordada só por mais um capítulo ou então volta correndo para casa, pois não aguenta mais de curiosidade para saber o que vem depois daquela página. Divergente foi tão bem escrito que eu não tive a mínima dificuldade de imaginar locais e pessoas mesmo esse não sendo o foco da narrativa, para ser bem sincera pouco se lê descrições de personagens e lugares o que a autora gosta de descrever mesmo são as sensações e sentimentos que se passam com a personagem e eu adorei estar na cabeça da Tris. Pode parecer estranho, mas é possível se conectar com o Quatro mesmo a história sendo narrada em primeira pessoa pela Tris, é possível entender a dinâmica dele e como casal eles funcionam bem, se apoiam e pensam de uma maneira que os leva para o mesmo caminho.

" É fácil ser corajosa quando os medos não são meus"

Duas coisas que eu particularmente amei foram a Amizade que é construída entre pessoas de facções diferentes, enquanto se está competindo um contra o outro. Christina é uma personagem engraçada, ao mesmo tempo em que tenta frear e língua e não falar tudo que pensa (já que pertencia à franqueza) apoia Tris em muitos momentos, em uma ocasião em especial ela me irritou, mas logo o apoio e a amizade dela com a protagonista me ganharam de volta. A segunda coisa que me chamou a atenção foi à fraqueza descrita no livro, o ser humano em qualquer época, em qualquer realidade tende a sucumbir diante do medo e o livro aborda isso claramente, como nossos medos nos dominam e tem o poder de nos destruir. Eles podem e devem existir na nossa vida, mas é de suma importância que não sucumbamos a ele, que não mudemos quem somos e que não paralisemos, pois é necessário enfrentar e seguir em frente.

O final do livro é de arrepiar, Veronica construiu um castelo de cartas incrível e soube explorar bem os pontos introduzidos em sua história. A partir do final desse primeiro livro que é focado quase que unicamente na Audácia, Abnegação e Franqueza, fica claro que as outras duas facções serão apresentadas e poderemos passar por todas elas até que encontremos aquela em qual nos encaixamos, mas acredito que no nosso universo pensar em ser apenas uma coisa não funciona, afinal somos livres para pensar, ser e ter mais que uma característica e sentimento (graças a Deus), porém se eu vivesse nessa Chicago futurista seria uma Divergente e já estaria morta, porque neh?! 

"Acredito nos atos simples de bravura, na coragem que leva uma pessoa a se levantar em defesa da outra." 

Enfim, contem nos comentários qual foi sua primeira Distopia, se já leu Divergente e o que achou do livro e o que vocês pensam dos pontos abordados na resenha.

Beijos

2 comentários:

  1. Confesso que nunca fiquei muito interessada pra ler Divergente... Eu lembro que vi o livro pela primeira vez na saraiva, quando li a sinopse achei muito parecido com Jogos Vorazes e como eu sou muito contra copiar alguma ideia deixei pra lá.

    Mas você me deixou com vontade de ler hehe >w< O livro parece muito bom ^^ Adorei a sua resenha também XD

    Beijos...

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  2. Oi Thayza :)

    Divergente foi uma bela surpresa para mim, apesar de não ter gostado tanto assim não posso dizer jamais que o livro é ruim, apenas que não achei tudo isso, beijos !!

    http://euvivolendo.blogspot.com.br/

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