05/06/2023

[Resenha] A Rainha do nada - Holly Black


Sinopse:
Ele será a destruição da coroa e a ruína do trono. O poder é mais fácil de adquirir do que de manter. Jude aprendeu a lição mais difícil de sua vida quando abdicou do controle do Rei Cardan em troca de um poder imensurável. Agora, ela carrega o outrora impensável título de Grande Rainha de Elfhame, mas as condições são longe de ser ideais. Exilada por Cardan no mundo mortal, Jude se encontra impotente e frustrada enquanto planeja reivindicar tudo que Cardan tomou dela. A oportunidade surge com sua irmã gêmea, cuja vida está em perigo. Para salvá-la de uma situação tenebrosa envolvendo Locke, Jude decide voltar ao Reino das Fadas se passando por Taryn. Antes disso, porém, ela precisa confrontar os próprios sentimentos contraditórios pelo rei que a traiu. No entanto, ao voltar a Elfhame, Jude constata que tudo mudou. A guerra está prestes a eclodir, e ela caminha próximo a seus inimigos. Será que ela vai ser capaz de resgatar a Coroa e o amor incondicional de Cardan, ao mesmo tempo que destrói os planos de seus inimigos? Ou será que tudo está perdido para sempre? 

Autora: Holly Black 

Editora: Galera Record 

Páginas: 294 

Classificação: 5/5 


Olá povo lindo! 


Prontos para mais um pouquinho de Jude e Cardan? Rainha do nada começa pouco tempo depois do surto que foi o final de O Rei perverso (que foi perverso) Jude está sofrendo por tudo que acredita ser verdade, vivendo uma vida que não encaixa com quem ela é, mas uma visita inesperada coloca a personagem no jogo novamente.


“Fui arrogante e tola em achar que eu podia controlar Cardan.” 


Esse livro segue a linha dos antecessores, o enredo é repleto de jogos de poder, falsas verdades, mentiras escondidas, ação e amor. Esse último é representado de diversas formas, temos o amor fraternal, o romântico e o mais presente o amor por poder. Por um momento fiquei reticente em como a autora construiria o ritmo da narrativa, convenhamos que com um final como aquele seria complicado, mas isso foi realizado com maestria já que a história não pausou com aquele final, então a leitura não retorna de um ponto morto ela é continuada de uma forma muito natural e condizente com a personagem.


“Vivemos escondidos atrás de armaduras por tanto tempo, você e eu. E, agora, não tenho certeza de que sabemos tirá-las.” 


Para alguns Jude pode ser a rainha do nada, mas para mim ela é rainha da porra toda. Ela se transformou fácil em uma das personagens que eu mais gosto, suas principais características permanecem as mesmas, porém é visível a evolução em sua postura, se trata da uma escalada onde os pontos são:  querer poder, brincar de ter poder, realmente se sentir/ser poderosa. Isso sem se perder no processo, aprendendo a confiar em si e em outras pessoas. Já nosso Rei perverso teve um salto evolutivo absurdo, sério que primor, de um "menino" inconsequente e solitário para um “homem” seguro de quem é e sem medo de mostrar o que sente, eu adorei ver o Cardan  tão maduro, de fato um acontecimento e tanto e rendeu bons momentos e quotes de suspirar. 


“Odeio o quanto a ideia de voltar a Elfhame me empolga, o quanto quero outra mordida de maça-eterna, outra chance de ter poder, outra chance com ele.” 


Meu ódio pela Taryn segue firme, mas não tão forte. Nossa não tão querida planta mostrou alguma ação e provou que é mesmo filha de Madoc, mas para minha surpresa sua falta de vergonha na cara é o que faz a história acontecer e seu arco de redenção funciona, mas o meu ranço já está instalado, então não gosto mesmo dela. Vivianne (Vivi) tem mais aparições nesse livro, sempre achei ela meio distante, mas aqui ela mostra que se importa de verdade, somente quer viver outra vida que não a feérica, já Heather é nossa cota completamente humana (Jude e Taryn não contam), eu gosto dela de graça, mesmo com tudo acontecendo ela consegue se sobressair, espero que ela e Vivi apareçam no livro do Oak só para podermos ver o que aconteceu. Falando nele, nosso príncipe tem presença considerável e já mostra um pouco de sua personalidade que deve ser desenvolvida em sua própria história. Mas o troféu de coadjuvante vai para dupla Bomba e Barata, sério, que incríveis, bomba é minha segunda favorita adoro a personagem e ela é incrível em todos os momentos, já Barata é simplesmente encantador mesmo com esse nome de arrepiar.


“Eu preciso me lembrar de que não sou mais a garota de antes. Eu posso estar cercada, mas não significa que tenha perdido meu poder.”

 

A narrativa é intensa, em 294 páginas acontece tanta coisa que fica impossível parar de ler, não consigo pensar em nenhuma ressalva quanto a isso, eu só consigo lembrar do quanto foi fácil terminar, não por pressa ou por ser uma narrativa corrida, mas sim porque Holly Black consegue transitar entre os acontecimentos com facilidade, nenhum assunto fica pendente, os arcos que ficam abertos são propositais, e as nuances entre um assunto e outro é muito fluida não existe aquela parada brusca de uma coisa para falar de outra, então é bem fácil de seguir o embalo.  Assim como nos livros anteriores o romance é plano de fundo, mas dessa vez a autora nos agraciou com um mergulho raso nesse mundinho Jude & Cardan o que me rendeu muitos suspiros e marcações, mas é preciso ter coração de atleta com alguns plots minha gente, o meu coração de leitora quase não segurou rs. 


“Minha doce nêmesis, como estou grato por você ter retornado.”

 

Sendo assim, meu último recado é: para quem já leu algum dos livros, pelo amor de Deus continue e para quem veio pelo spoiler, volte duas casas e comece essa trilogia. Obrigada por terem me aturado até aqui. 

  

Beijos e até a próxima! 

 

Série O Povo do Ar 

A Rainha do nada - (Você está aqui)


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