[Resenha] O rei perverso - Holly Black

 

Sinopse: Para sobreviver no Reino das Fadas, Jude Duarte precisou aprender muitas lições. A mais importante delas veio de seu padrasto: o poder é bem mais fácil de adquirir do que de manter. Ela achou que, depois de enganar Cardan para que ele jurasse obedecê-la por um ano e um dia, sua vida se tornaria mais fácil. Mas ter qualquer influência sobre o Grande Rei de Elfhame parece uma tarefa impossível, principalmente quando ele faz de tudo em seu poder para humilhá-la e prejudicá-la, mesmo que seu fascínio pela garota humana permaneça intacto. Agora, com as ondas ameaçando engolir a terra e um alerta de traição iminente, Jude precisa lutar para salvar a própria vida e a daqueles que ama, além de lutar contra seus sentimentos conflituosos por Cardan no meio-tempo. Em um mundo imortal, um ano e um dia não são nada... 

 

Autora: Holly Black 

Editora: Galera Record 

Páginas: 308 

Classificação: 5/5 

Olá povo lindo! 

  

Vamos de surto? Para quem conferiu a resenha de O Príncipe cruel (AQUI) sabe o quanto eu amei essa história e eu demorei a voltar a ela por motivos de medo de me decepcionar, a verdade é que O rei perverso prometia muito e isso se torna um pouco perigoso no quesito expectativa x realidade.  

  

“A primeira lição é ficar forte. Vai doer. Mas a dor fortalece.” 

  

Nessa continuação a trama ainda é focada no jogo de poder e as consequências das escolhas da Jude no primeiro livro. Já se passaram cinco meses do final de O Príncipe Cruel para O Rei perverso e isso quer dizer, além de que muita água rolou embaixo dessa ponte que o tempo da barganha Jude e Cardan está acabando. Pode colocar essa pendencia no caderninho da nossa protagonista, pois a menina está cortando um dobrado e com isso o leitor fica preso no que está de fato acontecendo e no que pode vir a acontecer e nem percebe o tempo passar, juro essa leitura voou de uma maneira impressionante. 

“O poder é bem mais fácil de adquirir do que de manter.” 

  

Vocês devem estar pensando “O romance aconteceu?” e a resposta é SIM e NÃO (estou muito feérica misteriosa), temos alguns acontecimentos sem grande destaque na minha opinião, mas a mente e o coração da Jude estão no jogo, a pergunta é... O Cardan sente o mesmo?  

  

“De todas as coisas que Cardan já fez comigo, fazer com que eu goste tanto dele é de longe a pior.” 

  

Preciso expressar o quanto eu ODEIO a Taryn, nunca fui com a cara desde o acontecimento no lago lá no primeiro livro, mas até então só achava a menina sonsa. Só que meu amor, com uma irmã como essa quem precisa de inimigo? É uma facada nas costas depois da outra, não tem desculpa, justificativa, nem nada que salve a personagem para mim, prefiro milhões de vezes o Madoc do que a pequena víbora.  

Jude e Cardan são uma dupla tão bem escrita que nem sei, entre tapas e beijo, é ódio é desejo. Os dois são muito teimosos, inteligentes e ardilosos. Porém existe uma vulnerabilidade nos dois que aparece muito rápido e raramente que deixa o leitor intrigado com o que existe por baixo de tanto jogo de poder e máscaras.  

  

“O que é uma luta se não um jogo de estratégia jogado em velocidade?” 

  

Antes de começar essa resenha pensei que não acontecia muita coisa no livro e que o importante mesmo foi o final. Mas analisando agora percebi que acontece tanta coisa e sub coisas que emergem o leitor a um ponto que não existe tempo de respirar, assim como Jude estamos sempre olhando por cima do ombro e mesmo assim as coisas acontecem e algumas delas mudam a história completamente, dando um novo significado ao surto, sério que final meus amores, mas que meio também, que início rápido e bem desenvolvido, ou seja, que livro. 

  

Vou deixar vocês com uma frase para instigar a curiosidade, enquanto isso eu vou pular minha lista de leitura e começar Rainha do nada, nenhum livro mais importa, preciso e vou descobrir esse desfecho. 

  

 “Mas saiba disto: alguém em quem você confia já te traiu.” 

  

Beijos e até a próxima!