14/03/2015

[Resenha] Cidade de vidro - Cassandra Clare



Sinopse: Clary está à procura de uma poção para salvar a vida de sua mãe. Para isso, ela deve viajar até a Cidade de Vidro, lar ancestral dos Caçadores de Sombras, criando um portal sozinha. Só mais uma prova de que seus poderes estão mais sofisticados a cada dia. Para Clary, o perigo que isso representa é tão ou menos assustador quanto o fato de que Jace não a quer por perto. Mas nem o fora de Jace nem estar quebrando as regras irão afastá-la de seu objetivo: encontrar Ragnor Fell, o feiticeiro que pode ajudá-la a curar a mãe.

Autora: Cassandra Clare
Editora: Galera Record
Páginas: 474
Classificação: 5/5 – Favorito

O que você precisa saber sobre a história é:


* Clary está atrás de uma forma de salvar a sua mãe.
* Valentim está muito perto de completar seus objetivos.
* Clary e Jace tentam lutar contra o que sentem um pelo outro
* Descobrimos mais sobre o passado do circulo

            Em minha opinião esse foi sem dúvida o melhor livro da série até agora, a escrita da Cassandra alcançou um novo nível, ela soube aproveitar o mundo que criou, soube explorar os personagens e o que cada um tem de melhor e pior e principalmente e o que gerou muitos e muitos pontos para ela foi que a autora conseguiu encontrar um ritmo bom para a narrativa. Arrisco dizer que se a Cassandra tivesse terminado a série nesse livro teria feito com chave-de-ouro.

O amadurecimento dos personagens é notório, Simon por incrível que pareça foi mais bem aproveitado o que melhorou meu relacionamento com o personagem, nesse livro ele está muito mais independente, ativo e tomando suas próprias decisões. Clary ainda é irritante às vezes, concordo que ser enganada por toda a sua vida não deve ser fácil, mas quando se tem um bom motivo para isso às chances de perdoar são muito maiores, porém Clary se mostrou rancorosa e eu não gostei nada desse lado da personagem por mais compreensível que seja. Fora isso eu gostei muito do desenvolvimento dela, ver a personagem super focada para salvar sua mãe, se envolvendo nos conflitos, não temendo o perigo e se tornando de fato uma caçadora de sombras isso sem falar no seu papel importantíssimo na guerra, ver a Clary sendo capaz de mudar o jogo quando tudo estava perdido, foi de morrer de orgulho. Jace é Jace, mesmo não perdendo seu jeito de ser, vemos nesse livro um personagem mais focado, mais adulto, descobrindo sobre seu passado e aceitando muito bem e principalmente mostrando para todos o guerreiro maravilhoso que é, disposto a sacrificar tudo pelo bem maior. Os outros personagens tiveram seus merecidos destaques, mas esses três personagens foram os que mais me chamaram a atenção por sua evolução. 

"Os sonhos podiam ser ruins, mas as imagens que marchavam por seu cérebro quando acordada não eram muito melhores."

Nesse livro acontecem muitas perdas, mas uma morte em particular mexeu com minhas estruturas, porém como em toda guerra existem baixas era de se esperar que algum personagem querido se despedisse da trama, mas Cassandra pesou a mão na escolha e na forma como aconteceu e esmagou meu coração sem dó. Porém não só de guerra é feito essa livro, tem amor, perdão, descobertas, amizade e outros elementos que fazem dessa história completa e envolvente.

A forma como Valentim usa sua lógica me fez questionar se ele não estaria certo, o que ele pensa sobre a Clave é o que eu penso, então nesse ponto eu fiquei um pouco dividida, porém o vilão não soube usar suas boas intenções para o caminho correto, fazendo dele aquele tipo de vilão que tem razão em algumas coisas, mas está fazendo de uma maneira totalmente errada. Dizem que Valentim é carismático, eu não acho, na verdade acho ele bem doidinho, para mim sua característica principal é obstinado, ele não deixa que os sentimentos atrapalhem seus planos, não deixa nada ficar no seu caminho mesmo que seja preciso matar quem ele ama, não sei se ele realmente ama, mas já que ele diz que sim vamos acreditar.

“As pessoas não nascem boas ou ruins. Talvez nasçam com tendências a um caminho ou outro, mas é a maneira como se vive a vida que importa. E as pessoas que conhecemos.”

Vou terminar essa resenha dizendo que a autora está de parabéns pela criação do mundo Shadowhunter, não é um trabalho fácil criar algo tão complexo, com suas próprias leis e histórias e sustentar isso por muito tempo, Cassandra não se perdeu, nem escorregou e isso me agradou infinitamente. Todos sabem que eu não dava muita coisa pela série, comecei a ler com muitas expectativas e fui traída por elas, mas ao longo desses três livros eu fui surpreendida com uma ótima história, cheia de mensagens legais, personagens cativantes e questões que precisam ser discutidas implantadas de uma maneira tão natural que fica difícil não se envolver. Essa resenha tem um gostinho de final, pois poderia ter sido e quando eu li achei sinceramente que deveria ter sido, mas felizmente me enganei, então digo uma coisa não pare por aqui. E se assim como eu você não foi muito feliz com Cidade dos Ossos e está na dúvida se continua ou não, eu te dou um conselho, tenta mais um pouquinho, pois acredito que vá se surpreender com o que está pela frente.

Beijos


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