18/08/2018

[Resenha] Mais que amigos - Lauren Layne


Sinopse: Aos vinte e dois anos, a jovem Parker Blanton leva a vida que sempre sonhou. Tem um namorado inteligente e responsável, um emprego promissor e a companhia de seu melhor amigo, Ben Olsen, com quem divide um lindo apartamento. Parker e Ben são tão grudados que muita gente duvida que eles morem sob o mesmo teto sem nunca ter vivido um caso, mas eles não se importam com o que as pessoas pensam. Sabem que não foram feitos um para o outro pelo menos não para se envolver. Por isso, quando um acontecimento inesperado faz com que Parker se veja sem namorado e com o coração partido, ela sabe que pode contar com Ben para ajudá-la a sacudir a poeira e partir para outra. Afinal, ninguém seria mais ideal do que seu melhor amigo para lhe mostrar os prazeres da vida de solteiro… certo? Mais que Amigos é uma comédia romântica irresistível!

Autora: Lauren Layne
Editora: Paralela
Páginas: 256
Classificação: 4/5


Comecei a ler sabendo tudo que eu ia encontrar, não é difícil imaginar situações e desfecho, já que a história é um grande clichê, mas se querem saber a verdade, eu adoro um bom clichê quando ele é bem escrito e desenvolvido e “Mais que amigos” é um livro muito bem desenvolvido, tanto na amizade, quanto no envolvimento e conflitos, me lembrou bastante um filme que eu amo “Amizade colorida” e isso fez eu me encantar ainda mais  pela história, pois eu pude visualizar muito bem e criar imagens nítidas dos acontecimentos.

“A gente conseguiu contornar todos os clichês sobre homens e mulheres serem amigos, por que não superaria o clichê de que o sexo estraga a amizade?”

Parker e Ben são personagens opostos, ela toda certinha, organizada e que mantem um relacionamento estável de alguns anos. Ben por outro lado é um galinha de marca maior e não se envergonha disso, optou por não seguir na carreira escolhida pelos pais e vive alguns conflitos durante a narrativa. O que junta esses dois afinal? A princípio o companheirismo, carinho e respeito que sentem mutuamente e é nesse ponto que devemos nos apegar enquanto estamos lendo e sentimos a necessidade de jogar os dois da escada.

Tudo está indo bem, até que Lance (que eu acho um embuste) termina com a Parker sem mais, nem menos e ela com o bumbum doendo devido ao chute vai chorar no ombro de seu melhor amigo, depois de bebidas e choro ela decide que vai ser uma pegadora e Ben é incumbido de ensinar a arte do “pega, mas não se apega” para ela. (In) felizmente não dá muito certo e eles concordam em passar de melhores amigos platônicos para melhores amigos coloridos, com a promessa que nada irá mudar na relação deles. Mas não é bem assim que a acontece.

“Ben e eu em uma relação de desapego? Pois é. O apego decidiu dar as caras. E estou totalmente à mercê dele.”

A autora escreve muito bem, cenário, diálogos, trechos conflituosos, trechos engraçados, personalidades, tudo, absolutamente tudo casa, não existe espaço para “e se?”, ela é objetiva o que torna a história muito rápida e gostosa de se ler, pessoalmente não consegui largar até concluir a leitura e já me pego esperando para conferir mais um trabalho dela.

O livro é narrado em primeira pessoa em capítulos alternados, o que possibilita o leitor a ter uma visão clara do que está acontecendo, entender os conflitos, os pensamentos e decisão dos personagens e isso foi o que deixou tudo mais bonito, entender as decisões tomadas, os arrependimentos e ver que dentro do contexto de cada um aquele era o melhor caminho para O OUTRO, o companheirismo e lealdade é tamanha que o outro sempre vem em primeiro lugar e mesmo que custe o coração a felicidade da pessoa amada é a prioridade nessa história.

 Como eu disse esse livro é um clichê ambulante, previsível, porém encantador, da capa até o último ponto final, fiquei encantada com o capricho da editora, a capa passa muito a vibe dos protagonistas, quando eu olho para ela posso ver claramente Parker e Ben em um momento feliz e descontraído, pena que fisicamente não condiz muito com os personagens, mas quem liga para isso? Eu, claramente não.

“E seu medo bizarro de que seu pau caia se só transar com uma pessoa por mais de duas semanas? Ela pergunta baixinho. Sorrio. Bom, pelo menos vou estar com minha melhor amiga quando isso acontecer.”

O livro me trouxe um quentinho no coração, me levou para a zona de conforto e me fez feliz, pois eu sou adepta aos bons finais, cheios de sorrisos e promessas. Mais uma coisa é certa, quando estamos dispostos a arriscar uma amizade por algo físico, precisamos estar cientes que a relação vai mudar, para bem ou para o mal, nada mais será como antes e tudo bem, pois o sentido de viver é evoluir e isso meus amores é a vida no seu estágio mais clichê, sendo apenas real.

 Eu recomendo demais essa leitura, para curar uma ressaca, para passar o tempo, para fazer suspirar e acreditar no amor. Esse foi de fato um livro que me agradou muito e espero que isso aconteça com vocês também.

Beijos e até a próxima!

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