16/03/2021

[Resenha] Um perfeito cavalheiro - Julia Quinn

 


Sinopse: Sophie sempre quis ir a um evento da sociedade londrina. Mas esse é um sonho impossível. Apesar de ser filha de um conde, é fruto de uma relação ilegítima e foi relegada ao papel de criada pela madrasta assim que o pai morreu. Uma noite, ela consegue entrar às escondidas no baile de máscaras de Lady Bridgerton. Lá, conhece o charmoso Benedict, filho da anfitriã, e se sente parte da realeza. No mesmo instante, uma faísca se acende entre eles. Infelizmente, o encantamento tem hora para acabar. À meia-noite, Sophie tem que sair correndo da festa e não revela sua identidade a Benedict. No dia seguinte, enquanto ele procura sua dama misteriosa por toda a cidade, Sophie é expulsa de casa pela madrasta e precisa deixar Londres. O destino faz com que os dois só se reencontrem três anos depois, Benedict a salva das garras de um bêbado violento, mas, para decepção de Sophie, não a reconhece nos trajes de criada. No entanto, logo se apaixona por ela de novo. Como é inaceitável que um homem de sua posição se case com uma serviçal, ele lhe propõe que seja sua amante, o que para Sophie é inconcebível. Agora os dois precisarão lutar contra o que sentem um pelo outro ou reconsiderar as próprias crenças para terem a chance de viver um amor de conto de fadas. Nesta deliciosa releitura de Cinderela, Julia Quinn comprova mais uma vez seu talento como escritora romântica. 

 

Autora: Julia Quinn

Editora: Arqueiro

Páginas: 304

Classificação: 3/5


Olá, povo lindo!


Dando continuidade ao nosso projeto hoje chegou a vez de conversamos sobre o filho numero dois ou melhor dizendo, vamos falar de Benedict que de perfeito cavalheiro não tem muito, mas enfim.

 

Logo no inicio eu pensei que estava lendo Cinderela de tão parecida que a vida da bastarda Sophie é da princesa da Disney, uma madrasta megera? Temos, irmãs postiças? Temos, baile de máscara? Temos, entre outra coisas, mas essa “semelhança” fica no início da narrativa, quando o livro entra na parte dois a história assume uma narrativa própria e mais original.

 

“O que Sophie queria responder era ‘Estava quente quando eu o trouxe para você há uma hora, sua grosseirona preguiçosa’”

 

Eu gostei muito da construção dos personagens principais, duas almas perdidas no mundo que estão destinadas a se encontrar mesmo vivendo em universos tão distantes e tendo personalidades bem diferentes. Acho que o ponto que une os dois é a necessidade de ser visto além dos status ou das aparências, um é sempre comparado com seus irmãos e precisa achar individualidade em uma família numerosa e singular, enquanto a outra quer ser vista, conhecer o amor e a felicidade que lhe foram negados durante toda a vida.

 

“- Eu posso viver com você me odiando – disse ele em direção à porta fechada. – Só não posso viver sem você.”

 

Algumas vezes eu senti que estava dando voltas na narrativa, algo é bastante repetitivo na história e isso cansou um pouco. Mesmo assim a leitura é muito rápida, os diálogos maravilhosos e a qualidade da Julia Quinn ajudam muito, pois a construção da história deixa um pouco a desejar em alguns quesitos, principalmente se compararmos com os dois primeiros livros. Nessa leitura eu senti uma urgência para chegar em algum lugar na história, uma necessidade por resolução que nas leituras anteriores não aconteceu, sendo mais natural e nesse livro faltou muito naturalidade.

 

O romance é encantador e picante, por Sophie ser de uma origem mais humilde as coisas fluem mais rápido e são mais picantes já que ambos os personagens tem ciência que ela não irá se casar com alguém de berço, sendo sua forma de viver no luxo aceitar ser amante de algum lord. Mesmo assim ela só vai além porque está completamente apaixonada por ele já que é tem muitos princípios e não está disposta a abrir mão deles.

 

“- Você é desprezível – disparou ela.
– E você parece a heroína de um romance muito ruim – respondeu ele.”

 

Eu reparei que é uma característica dessa série de livros uma discussão social, sempre tem alguma coisa pontual na narrativa que coloca o leitor para pensar se ele estiver prestando a atenção e nessa terceira história o tapa na cara veio em forma de privilégios, não apenas masculinos (já que é um romance de época), mas financeiro e como a perspectiva da situação muda conforme o ângulo da narrativa. Não vou me aprofundar nisso, pois acho importante o leitor receber as informações da forma que a autora quis passar.

 

“Pode-se dizer que é preciso ter paciência para ser um paciente e Deus sabe que os machos da nossa espécie não tem muita paciência.”

 

Acho que é um livro “OK” e precisamos passar por ele SE quisermos seguir a série corretamente, mas não é o melhor romance de época que eu já li na vida e deixou um pouco a desejar. De qualquer forma estou muito ansiosa para o próximo livro, além de estar amando os vislumbres do restante da família e achar a Violet a melhor mãe e a personagem mais imprevisível dos livros, alguns acontecimentos deixados no ar me fizeram ficar bem curiosa para saber como as coisas vão acontecer no próximo livro que será dedicado ao Colin.

 

Espero que estejam curtindo esse projeto, eu estou amando me perder nos bailes e romances, mesmo que espera-se mais da história acho que vale a leitura e continuo indicando.

 

Beijos e até a próxima!

 

Essa leitura faz parte do projeto

Lendo os Bridgertons

4 comentários:

  1. Oi Thayza!!

    Menina essa série gigante da Julia Quinn kkkkkk eu não sinto muita atração por livros de romance de época, mas não há como nega como a premissa deles sempre são interessantes e chamativas. Que pena que o livro deixou a desejar para você, depois de dois livros que te fizeram ansiar pelo final, eu entendo essa sensação passei o mesmo com uma série que li ano passado. Espero que goste do próximo livro, ao que percebi você gosta do próximo protagonista!!

    Beijos!
    Eita Já Li

    ResponderExcluir
  2. Oi Thayza.

    Eu ainda não conheço a escrita da Julia Quinn, porque não estou lendo romance de época. Sempre leio elogios que desperta interesse como a sua opinião também, mas por enquanto vou conferindo os detalhes dessa série apenas em resenhas. Mas para quem gosta do gênero, sua opinião deixou claro que é uma história muito boa.

    Bjos
    https://consumidoradehistorias.blogspot.com/

    ResponderExcluir
  3. Olá, Thayza!

    Assisti Bridgerton, comecei a pesquisar mais sobre a Julia Quinn e já tem até livros dela na minha wishlist, mas ainda tenho um pé atrás com suas histórias. Entre as críticas positivas e negativas, parece ser uma história que é feita para se apaixonar e julgar, debater e rir.

    - @hilunetaliteraria

    ResponderExcluir
  4. Eu gosto do conto da Cinderela, inclusive as adaptações, e isso foi o que chamou minha atenção na obra em questão, a semelhança. Trazer as questões de classe na obra é outro ponto importante para que eu deseje ler.

    ResponderExcluir