Sinopse: Alina
Starkov nunca esperou muito da vida. Órfã de guerra, ela tem uma única certeza:
o apoio de seu melhor amigo, Maly, e sua inconveniente paixão por ele.
Cartógrafa de seu regimento militar, em uma das expedições que precisa fazer à
Dobra das Sombras uma faixa anômala de escuridão repleta dos temíveis
predadores volcras, Alina vê Maly ser atacado pelos monstros e ficar
brutalmente ferido. Seu instinto a leva a protegê-lo, quando inesperadamente
ela vê revelado um poder latente que nunca suspeitou ter. A partir disso, é
arrancada de seu mundo conhecido e levada da corte real para ser treinada como
um dos Grishas, a elite mágica liderada pelo misterioso Darkling. Com o
extraordinário poder de Alina em seu arsenal, ele acredita que poderá
finalmente destruir a Dobra das Sombras. Agora, ela terá de dominar e aprimorar
seu dom especial e de algum modo adaptar-se à sua nova vida sem Maly. Mas nesse
extravagante mundo nada é o que parece. As sombrias ameaças ao reino crescem
cada vez mais, assim como a atração de Alina pelo Darkling, e ela acabará
descobrindo um segredo que poderá dividir seu coração e seu mundo em dois. E
isso pode determinar sua ruína ou seu triunfo.
Autora: Leigh
Bardugo
Editora: Gutenberg
Páginas: 288
Classificação:
3/5
Olá, povo lindo!
Chego aqui toda esbaforida, porque
precisei ler e resenhar esse livro que dia 23 de Abril vai estrear como série
na Netflix. Você pode se perguntar “leu apenas pela série?” e eu respondo
“Também”. Confesso que a divulgação da série despertou em mim uma vontade de
conhecer a história mais a fundo, tirar minhas próprias conclusões e ter
parâmetro para falar da série de uma forma mais confiante. Entendam, eu já
conhecia o livro, já vi e assisti inúmeras resenhas que até então não tinham
despertado essa vontade de leitura, mas isso mudou e eu estou aqui para dar a
minha opinião sobre o livro.
Eu diria com todo respeito a autora e seus fãs que para mim Sombra e Ossos é um livro tanto faz. Eu terminei a leitura com uma sensação estranha de que se a leitura parasse ali estava tudo bem, mas no fundinho do peito não fiquei satisfeita com o desfecho. Porém uma coisa é clara como a luz do sol, a história tem muito potencial visual e uma boa base para ser aproveitada, se a Netflix fizer o dever de casa direitinho tem nas mãos algo que vai agradar muita gente e render alguns novos leitores. Admito que estou bem esperançosa para ver em tela toda a pequena ciência e ser feita de trouxa mais uma vez (meu sentimento está ferido ainda) porque mesmo sabendo, dependendo da química eu vou shippar errado de novo.
"Ela me envolveu, resplandecendo com calor, mais poderosa e mais pura do que nunca, porque ela era toda minha, Eu queria rir, cantar, gritar. Finalmente havia algo que pertencia total e completamente a mim."
A narrativa pode ser comparada com um minhocão de parque de diversões, é algo bem linear, com pequenos picos que é onde os plot twists estão, porém não são picos muito altos, mas fazem seu papel de animar a história e dar uma nova sensação a respeito de tudo, você sabe que não pode esperar grandes emoções do minhocão, mas tem certeza que vai ser divertido. Sem dúvida Leigh Bardugo é uma escritora incrível, ela tem aquele dom de te fazer ler até bula de remédio de tão bem que faz seu trabalho. O problema fica por conta dos personagens que não me cativaram a ponto de torcida, a troca de uma química surreal por um romance nada com nada e uma história que evoluiu bem lentamente e quando chega ao ápice declina para algo completamente anti-climático, sinceramente faltou aquela fagulha que faz o leitor ansiar pelo próximo livro.
Eu amei que a autora não se
preocupou em explicar cada mínimo detalhe do mundo que criou, uma
característica da fantasia que deixa a narrativa lenta, Leigh Bardugo deu informação cruciais, alguns cenários e
explicações e pronto o leitor que lute para entender o que é o que nesse mundo.
Fiquei bem perdida no início sobre a classificação Grisha principalmente, suas
cores, seus poderes e suas atribuições, mas com o andar da história tudo vai se
encaixando e da super para entender sem toda aquela explicação maçante que
estamos acostumados.
“Eles são órfãos novamente, sem um lar verdadeiro exceto um pelo outro e por qualquer vida que possam construir juntos”
Falando dos personagens um pouco, nossa
protagonista se chama Alina e precisa desesperança pertencer, essa é a
característica mais marcante dela, não é seu poder (até então), mas essa ânsia
desesperada em agradar, em ser alguma coisa, em ser notada já que ela sempre
foi invisível até mesmo para o seu melhor amigo que via através dela, com
conforto e carinho, mas sem reconhecimento. Achei bem natural essa
característica nela, não me incomodou em nada, mesmo com o tom jovem e imaturo,
ela não se tornou algo que não era pelos outros, ela foi fiel a uma parte dela
que faz da personagens uma pessoa forte e realmente única. Maly, o melhor
amigo/paixonite secreta da protagonista, pouco apareceu e quando fez me
irritou, independente do contexto não gosto de “amigos” que não conseguem ficar
feliz pela evolução do outro, mesmo que depois isso mude, essa marca ficou
sobre ele e me deixou bem incomodada. Por último, mas não menos importante no
arco principal temos o Darkling (que pode me visitar mais tarde). Ele é sem dúvida o personagem
mais complexo da história, não entendi nada no início, me fascinou no meio, me
assustou no fim e mesmo assim é o meu personagem preferido pura e
simplesmente pela sua complexidade.
Queria tanto falar do romance, mas
não vai rolar, infelizmente vocês precisão seguir no escuro e eu ficar de boca
calada, até mesmo quanto as minhas preferências. Enfim, tem aquele triângulo
clichê que em algum ponto achei fofo, em outros forçado é isso. Só queria saber
uma coisa, foi real? Foi só uma jogada? A interação da Alina com outros
personagens, até onde foi real? Para isso eu gostaria de respostas.
"O problema de querer algo é que isso nos deixa fracos."
Uma história que gira em torno de
poder, flerta com questões de divisão de recursos e repercussão de guerras,
brinca com o leitor sobre lealdade, ensina que nossa força está dentro de nós,
mesmo que enterrada bem fundo. Uma história com um Q de superficial e um Q de
profundidade. Isso é sombra e Ossos, agora você decide se vale a pela ler, sinceramente eu não me arrependo de ter lido, mas como disse não é uma leitura que fez grande diferença na minha vida. Não sei
se vou continuar a trilogia depende muito da série, ou seja, vou descobri em
breve.
Beijos e até a
próxima
Oi
ResponderExcluirEu adorei a sugestão de livro 🙂 a história é bem interessante
Olá, tudo bem?
ResponderExcluirQuero ler essa obra a muito tempo, porque a premissa sempre despertou a minha curiosidade, mas acho que não vou conseguir ler antes de lançar a série, infelizmente. Gosto muito de ter picos com plot twist, algo que é importante demais pra mim, além da história girar em torno de poder. Adorei saber sua opinião!
Beijos!
Olá, tudo bem? Uma pena não ter gostado tanto assim. Eu sou um dos fãs da trilogia e universo Grisha, por isso sou suspeita para falar HAHAHAHA acredito que se procura mais profundidade o segundo traz um teor forte político e o terceiro com todos os desfechos necessários. Estou super empolgada com a série pois nunca a imaginei sair do papel, e tenho altas expectativas. Ótima resenha!
ResponderExcluirBeijos
Adorei a dica de leitura, estava precisando de dicas de leituras novas e esse vai estar entre elas . !!
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