[Resenha] Um amor de inverno - Carrie Elks

 

Sinopse: Pode estar nevando lá fora, mas, em uma cabana de madeira no meio da floresta, as coisas estão definitivamente quentes... A estudante de cinema Kitty Shakespeare está determinada a aproveitar ao máximo seu novo emprego como babá. Pode não ser exatamente a carreira que ela esperava quando mudou de Londres para Los Angeles, mas, graças ao hábito de travar em entrevistas, esta pode ser sua última chance de impressionar um dos maiores produtores de Hollywood ― se ela conseguir cuidar do filho dele direito, certamente o homem vai olhar para ela com mais atenção. Pelo lado positivo, há muita neve na casa da família nas montanhas e ela sempre adorou crianças. Mas Kitty não contava se envolver com a família problemática do chefe, nem se sentir atraída por Adam, o irmão sexy e recluso. Adam Klein pode ser lindo, mas também é bruto e grosseiro e não está pronto para cair de quatro pela babá, não depois do ano que ele teve. Tudo o que ele quer é se enfiar em sua cabana na floresta e se esconder do irmão que destruiu sua vida. Se ao menos ele conseguisse ignorar a maneira como Kitty faz seu coração disparar... Isso está longe de ser amor à primeira vista, mas desde quando o caminho para um final feliz digno de cinema acontece sem tropeços? Um Amor de Inverno é mais um romance de aquecer o coração da série As Irmãs Shakespeare. Quatro irmãs, quatro histórias... quatro maneiras de encontrar o amor verdadeiro.

 

Autora: Carrie Elks

Editora: Verus

Páginas: 320

Classificação: 4/5

           

            Um frio congelante e um coração quentinho, a história na mais nova irmã Shakespeare  é bem clichê, assim como foi o primeiro livro e como eu acho serão os próximos dois restantes. Mas de nenhuma forma é uma história enfadonha ou repetitiva, Kitty e Adam imprimem suas personalidades na narrativa proporcionando a esse clichê uma singularidade.

 

            Eu achei essa história um pouco longa de mais, algumas coisas realmente demoram a acontecer deixando um turbilhão para ser resolvido no final, sendo assim todo o desenrolar é muito rápido, como um estalar de dedos e esse elemento me pareceu um pouco irreal, mas estamos falando de um romance e uma dose de irrealidade não faz mal a ninguém.

 

“Não é isso o que todos somos? As vítimas e os vilões das nossas próprias histórias? Temos que aceitar as coisas boas e ruins dentro de nós, aceitar que nunca vamos ser completamente um ou outro.”

 

            Tive a impressão que o romance ficou em segundo plano durante toda a narrativa, não que tenha sido mal trabalhado, mas as questões abordadas no livro tomam grande espaço e roubam a cena em muitos momentos.  Um amor de inverno trás em suas páginas uma história de família muito complexa, que fica nas sombras por muito tempo pairando na cabeça do leitor que “vai dar ruim”, mas a explicação para toda a tensão é tão simples que pareceu que todo caos e machucados foram por nada.

 

“Desde o momento em que se conheceram, os dois entraram em confronto, como se estivessem atraídos por um imã. E agora ela não parecia capaz de escapar da atração. Talvez nem quisesse.”

 

            Quem roubou a cena foi Jonas, eu fiquei completamente apaixonada pelo menininho que tem tudo que o dinheiro pode comprar, menos a atenção dos pais. Mesmo assim ele é uma criança nada mimada, super cativante e honesto com seus sentimentos o que é um contra ponto importante para como agem os adultos dessa história. A inocência infantil, a necessidade de afeto, diálogo e família é uma questão bem presente nesse livro.

            Já o romance é meio adolescente porém quente e acolhedor, Kitty e Adam são opostos de personalidade e gêmeos de alma, dessa forma eles encontram um no outro um porto seguro em meio a nevasca que é a vida. Kitty não tem muito espaço para crescimento pessoal, ela é a típica mocinha perfeita, sorriso brilhante e coração bondoso, isso sem uma carga dramática faz dela alguém linear, sem progressão, nem regressão. O desenvolvimento de personagem fica a cargo do Adam que tem muito com o que trabalhar internamente, muros para serem derrubados, feridas para cicatrizar e por mais que o sentimento por Kitty ajude nessas questões ficou bem claro para mim que ele precisa resolver e não ela ser a salvadora da pátria.

“O lar não é onde estar seu sangue. Nem mesmo onde está seu coração. O lar é onde você se sente aceito, amado, em paz.
O lar se parecia estranhamente com Adam Klein.”

 

            O livro de fato é bem água com açúcar, mas envolve e cumpre seu papel de fazer o leitor suspirar, deixa o coração quentinho e entretém muito bem, além de ser uma leitura muito rápida. Até agora Um verão na Itália ainda é meu preferido, mas de qualquer forma essa leitura vale a pena se é o que você procura. Estou bem ansiosa para continuar minha jornada, sigo agora para a primavera, então guardem os casacos e nos vemos em breve.

 

Beijos e até a próxima!

 

Essa leitura faz parte do projeto

                 Terminando série de livros