Sinopse: O namorado de Valerie Leftman, Nick Levil, abriu fogo
contra vários alunos na cantina da escola em que estudavam. Atingida ao tentar
detê-lo, Valerie também acaba salvando a vida de uma colega que a maltratava,
mas é responsabilizada pela tragédia por causa da lista que ajudou a criar. A
lista com o nome dos estudantes que praticavam bullying contra os dois. A lista
que ele usou para escolher seus alvos. Agora, ainda se recuperando do ferimento
e do trauma, Val é forçada a enfrentar uma dura realidade ao voltar para a
escola para terminar o Ensino Médio. Assombrada pela lembrança do namorado, que
ainda ama, passando por problemas de relacionamento com a família, com os
ex-amigos e a garota a quem salvou, Val deve enfrentar seus fantasmas e
encontrar seu papel nessa história em que todos são, ao mesmo tempo,
responsáveis e vítimas.
Autora: Jennifer Brown
Editora: Gutenberg
Páginas: 272
Classificação: 5/5
A lista do
ódio já começa com uma notícia de jornal sobre um tiroteio que aconteceu em um
colégio e a partir daí acompanhamos Valerie em sua busca de redenção, aceitação
e autoconhecimento.
O livro é
narrado em primeira pessoa e eu fiquei bem agoniada com as coisa que a
protagonista passava visto em primeira mão pela perspectiva dela, ter noção de
sua solidão, desesperança e confusão é de doer o coração mais gelado. Porém ao
mesmo tempo é encorajador ver a personagem remar na vida, encontrar coragem
para continuar quando todos incluindo ela esperam a desistência, no meio de
tanto ódio e dor, perseverar e evoluir é uma inspiração e tanto.
“Não saber como ser você mesma dói demais.”
Não se
trata de uma leitura leve, mas também não é um livro insuportável. A autora
soube com maestria contar essa história, com delicadeza, sensibilidade,
mostrando sempre todos os ângulos, apontando os erros de cada personagem, sem
poupar ninguém, muito menos o leitor que é obrigado a questionar sua própria
realidade, encaixando a narrativa no seu próprio contexto de vida.
Bullying é
algo tão falado hoje em dia que para algumas pessoas (geralmente os
praticantes) virou virgula, um mimimi a mais nessa sociedade politicamente
correta, então pode parecer repetitivo quando eu digo que essa pratica de “zoar”
o colega pode machucar, uma brincadeira inofensiva pode destruir uma
autoestima, tocar em uma ferida antiga ou criar uma nova. Pensando nisso e no
contexto do livro me vi obrigada a aceitar que TODOS somos ou já fomos
praticante e alvo, em alguns dói mais, em outros menos, mas a intensidade só
sabe quem sente, então é bom policiarmos as brincadeiras e lembrar sempre que
só é engraçado quando TODO MUNDO ri (sorriso amarelo de vergonha não vale),
diferente disso podem surgir danos que ferem a um ou a muitos.
"Em alguns dias, chegar ao fim do dia é uma grande vitória."
Tiroteio em
escolas é algo recorrente nos E.U.A sendo assim faz parte de uma realidade
triste da vida da autora e infelizmente aconteceram aqui no Brasil algumas
vezes o que me fez olhar com mais empatia para os americanos e sua dor e dessa
forma entender melhor a história de A lista do ódio, reconhecendo a importância
de livros com essa temática, levantar esse assunto principalmente para a faixa
etária que mais sofre com isso, que são os jovens é de suma importância,
deveria ser leitura obrigatória em toda escola, em todos os países.
Poucas coisas
me incomodaram na história, mas acredito que seja proposital, pois nem tudo na
vida tem uma explicação ou motivo, muito menos um final lindo de contos de
fadas, algumas coisas podem ser evitadas, outras sobrevividas e muitas apenas
são.
"Veja as coisas como elas realmente são, disse a mim mesma. Veja o que realmente está a sua frente."
Sou muito
grata a Pam por ter apresentado esse livro (assistam ao vídeo dela) ele ficou
na minha estante por um bom tempo já que uma parte minha morria de medo da
intensidade da narrativa e como isso ia me afetar, hoje me sinto boba por ter
esperado tanto. Temos aqui um livro necessário, escrito de uma maneira espetacular,
que mostra sim uma realidade feia e cruel, mas também fala de perdão e
esperança.
Me despeço
aqui de vocês torcendo para que leiam esse livro o mais breve possível e da Val
torcendo para que ela fique bem ao longo do caminho.
Beijos
Oi oi querida!
ResponderExcluirEu já li obra e também adorei conhecer essa trama emocionante e envolvente. Assim como vc também queria que fosse obrigatório, inclusive nas escolas, com esse assunto tão atual que está sendo no momento. Não lembro se vi, mas você gostou do conto que veio no livro?
Amei a resenha e a sua opinião super sincera, espero que tdos gostem tanto quanto nós.
Beijoss, Enjoy Books
Oiiiii,
ResponderExcluirEu sou louca para ler este livro desde que a Jessie resenhou pro Equipe Nerd. Acho a pegada dele muito interessante e o tema é de suma importância. Más infelizmente até agora não conseguir pegar ele para ler :( espero poder corrigir isto no ano que vem e poder conferir está obra que realmente aprece ser maravilhosa e completamente reflexiva.
Beijinhos...
http://www.equipenerd.com.br
Não conhecia essa obra, mas fiquei muito curioso para saber sa sua história na íntegra. Esse enredo parece ser intenso e surpreendente, aquele tipo de leitura que te prende. Anotada a dica.
ResponderExcluirEste é o mesmo livro antes lançado com o título de "A lista negra", certo? O assunto abordado na história é muito pesado e real, como você mesma disse, no Brasil já vivemos situações semelhantes, uma delas recentemente. Imagino que seria muito difícil para mim acompanhar o sofrimento da protagonista e dos outros envolvidos, bem como sua luta para sair dessa situação desesperadora. É possível que eu leia um dia, mas não agora. Tenho que estar preparada emocionalmente para ler o livro.
ResponderExcluirBjs!
Oi!
ResponderExcluirNão conhecia esse livro, mais gostei muito do tema abordado, eu acho que quando a protagonista viu seu namorado matando todas aquelas pessoas foi um choque, e não é só isso a humilhação de lembrar e ser lembrada disso desse ser traumático. Parabéns pela resenha, fiquei muito tocada lendo ela e vou anotar a dica, obrigado. Bjs!
Oi!
ResponderExcluirAdoro esse livro! Considero uma leitura super válida e que deveria ser obrigatória durante o ensino médio. Tenho certeza de que auxiliaria muitos a terem mais empatia pelo próximo e não causar sofrimento no outro propositadamente.