28/10/2020

[Resenha] Rainha do ar e da escuridão - Cassandra Clare


Sinopse: Sangue inocente foi derramado nos degraus do Salão do Conselho, e o mundo dos Caçadores de Sombras se encontra à beira de uma guerra civil. Parte da família Blackthorn foge para Los Angeles, em uma tentativa de descobrir a origem da doença que está acabando com os bruxos. Enquanto isso, Julian e Emma tomam medidas desesperadas e embarcam em uma perigosa missão para o Reino das Fadas a fim de recuperar o Volume Negro dos Mortos. O que encontram é um segredo capaz de destruir o Mundo das Sombras e abrir um caminho tenebroso para um futuro que nunca poderiam ter imaginado. Em uma corrida contra o tempo, Emma e Julian devem salvar o mundo dos Caçadores de Sombras antes que o poder mortal da maldição parabatai destrua tudo o que amam.

 

Autora: Cassandra Clare

Editora: Galera Record

Páginas: 742

Classificação: 3/5


Olá povo lindo!

 

            Para chegar até esse momento da resenha não foi fácil, eu demorei bastante para concluir a leitura, por conta disso e do números de páginas decidi escrever essa resenha de uma maneira diferente. O livro é dividido em três partes e essa resenha será dividida em quatro partes, a cada etapa concluída eu vou escrever sobre ela isoladamente e depois uma breve conclusão do todo.


 “Algo terrível está por vir. Como uma muralha de escuridão e sangue. Uma sombra que se espalha pelo mundo e macha tudo.”


Parte I

 

            Eu dei umas belas surtadas nessa parte e não de maneira positiva, fiquei tão cansada da leitura que cogitei adiar para outro momento, mas acabei continuando aos pouquinhos até que acabou e foi um alivio enorme. Eu tive a sensação que a Cassandra pisou no freio bruscamente e isso não facilitou em nada a minha vida.

 

" A única coisa que abranda o luto é o tempo, e o amor das pessoas que se importam com você"

 

            Tirando o arrastar de pés dessa primeira parte o desenrolar da política e a forma que terminou me agradou muito, o final com apresentações de elementos que vão dar o que falar lá na frente e a fluidez dos acontecimentos me deu um novo ânimo para continuar.

           

Parte II

 

Juro que consegui ter um vislumbre do potencial da Cassandra, estava com saudade de me senti envolvida pela história e nessa segunda parte consegui fazer isso com muita facilidade, pois a narrativa ficou muito mais interessante e fluida. Alguns elementos fizeram com que isso acontecesse, um é spoiler, mas mudou o tom da narrativa da água para vinho e foi bem interessante vislumbrar outras possibilidades para história, o romance também ajudou bastante, mesmo comedido e em terceiro plano é um elemento que traz leveza ao mesmo tempo em que a problemática desse núcleo me deixa bem frenética querendo correr para chegar na solução.


"Na fonte clara, eu fui passear. 

Encontrei a água tão bela, que quis ali me banhar.

Faz tanto tempo que te amo, que jamais te esquecerei." 


Cheguei a duas conclusões para a mudança de ritmo e meu maior envolvimento. Primeiro, uma narrativa mesmo em terceira pessoa mais centrada flui mil vezes melhor. Quando o ponto de vista voltou a se dividir eu senti a queda de rendimento na minha leitura, quase que instantaneamente, mas nessa segunda parte Cassandra conseguiu ser mais dinâmica e mesmo com vários pontos de vistas distintos ela se manteve focada no objetivo e ai está a mágica para a história me prender por completo.

 

O segundo ponto que eu percebi é que minha relação com a história está muito ligada aos personagens, exemplo, no começo o Julian se perdeu completamente e isso deixou a história tão sem vida que, sei lá, não me dava animo de ler. A questão é que quando um personagem central perde a essência toda a história se modifica, o que de certa forma condiz com a mensagem que autora entregou em um certo momento da narrativa, que é “Uma pessoa ou uma ação em determinado momento tem o poder de mudar toda a história”, ou seja, todos temos importância na narrativa da vida real.


"Um lembrete de que todas as vozes são importantes e quando você opta por não usar a sua, está permitindo ser silenciado."

 

Dois pontos dignos de nota são, o quanto é interessante a forma como a autora arruma uma maneira de colocar o título do livro na história e você pensa “há! É por isso”. E os surtos que eu tive com o trisal, PARA TUDO que maravilhosos, a divisão de ponto de vista vale a pena unicamente por causa disso, meu trio enfim aconteceu eu puxa vida, ACONTECEU mesmo, pegou fogo no deserto galera, amo um trio e não é pouco.

 

" Estavam todos se beijando e rindo com felicidade." 


Chegamos ao fim do segundo ato, algumas coisas não fizeram sentido, fiquei bem curiosa e meu animo para chegar ao final foi renovado com sucesso.

 

Parte III

 

Qual era o problema mesmo? Eu li essa terceira parte com tanta facilidade que parecia se tratar de outro livro, uma história completamente diferente da que se iniciou. A batalha, o jogo de inteligência, a individualidade e potencial de cada personagem explorado ao máximo, eu amei essa terceira parte com todo meu ser.

 

" No precipício de tudo, amor e fé sempre me trouxeram de volta." 


No desfecho muita coisa acontece, não posso falar nada sobre isso infelizmente. Mas, temos muitas conclusões satisfatórias, outras nem tanto, mas no final as esperanças para um novo tempo para os Caçadores de Sombras foram renovadas e com isso minha fé na autora, pois já estava cansativo passar raiva com a Clave, desde Instrumentos mortais o governo criado pela autora era extremamente problemático.

 

Conclusão

 

Eu falei abessa e não disse nada sobre a história em si e nem vou falar muito, pois qualquer informação a mais pode estragar a leitura de vocês.

 

A minha conclusão é que poderia ter sido uma história mais centrada, muito do que se falou ou fez para mim foi desnecessário, como se em vez da autora ir do ponto A ao ponto B em linha reta, ela passou por todas as letras do alfabeto antes e deixou a narrativa um porre por muito tempo, uma pessoa com mais sensatez que eu teria parado logo no início.


“Eles se ergueram como um, em fogo e faíscas, cada instante mais brilhante; e quando finalmente romperam e caíram juntos, eram estrelas colidindo em ouro e glória.”

 

Aproveito para levantar alguns pontos, nesse livro temos uma grande participação de Clary, Jace, Alec e Magnus. Não poderia ser diferente já que estamos falando de guerra, porém acho que a Cassandra explora muito pouco da Izzy, de verdade não sei qual é a implicância com a menina. A autora jogou uma informação sobre o Kit na roda e ficou por isso mesmo, a relação Kit e Ty foi descartada com sucesso e eu fiquei bem chateada com isso, se no futuro ela pretende explorar o que ficou para trás não sei, mas aqui o desfecho dessa amizade deixou muito a desejar.

 

No mais todas as mensagens foram entregues com sucesso. Intolerância, a importância de lutar contra a injustiça, família, amizade, amor, diversidade e união do todo. Me sinto bem por ter fechado a trilogia com uma mensagem de que podemos ser melhores, podemos mudar o mundo.

 

" Só podemos prender as pessoas pelo que elas fazem, e não pelo que pensam."


Não pretendo ler nada da autora ano que vem, mesmo com o gancho final desse livro me deixando doida eu vou parar enquanto estou no lucro. Quem sabe no futuro eu volte a ler sobre esse universo, por hora é um adeus ao mundo dos caçadores de sombras.


“Enquanto você existir e eu existir, eu vou te amar.”


Espero que tenham gostado da resenha enorme de hoje, para quem leu o livro peço que deixem suas experiências nos comentários, para quem não leu me diz se sente vontade ou o que achou da resenha.

 

Beijos e até a próxima!


Um comentário:

  1. Olá,
    Entendo toda a parte de ficar cansada, séries longas tendem a me deixar assim também. Geralmente dou um pause e se eu realmente gostar da série volto. Com a Cassandra Clare só li a primeira série de Instrumentos Mortais (não inteira) e foi uma experiência agradável, porém muitos livros seguidos da mesma série geralmente cansam.
    Voltarei a ler agora com a nova série, quem sabe agora vai ser melhor que antes, não é mesmo?

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