Leitura Terapia: [Resenha] Talvez agora

Sinopse: Talvez agora. Sequência de Talvez um dia, coloca em evidência a vida dos personagens apresentados no livro anterior após Ridge e Sydney terem, finalmente, oficializado seu relacionamento. Agora que o relacionamento de Ridge com Maggie terminou, ele e Sydney estão explorando completamente essa nova liberdade de expressar seus sentimentos. No entanto, ele e Warren são o único suporte de Maggie... e devem aprender a lidar com a situação nesse novo contexto. Enquanto isso, Maggie está desfrutando da nova etapa de sua vida, embora ainda sinta algum ressentimento por tudo o que aconteceu. Após tantos anos vivendo uma relação já estável – e morna – com Ridge, Maggie não consegue prever o que a aguarda. A insegurança com relação a sua doença, o desejo de independência e a ânsia de viver novas e empolgantes experiências É nesse meio que entra Jake, o rapaz que a ajudou a cumprir o primeiro item em sua lista de coisas para fazer: pular de paraquedas. Ele está tão interessado nela quanto ela nele, mas Maggie arriscará viver um novo relacionamento e deixar o passado para trás? Por outro lado, Sydney, ao finalmente engatar a relação com Ridge, se vê realizada... Ridge representa tudo o que sempre sonhou em alguém e a química entre os dois é evidente. No entanto, a constante proximidade de Maggie a preocupa... E, mais uma vez, ela deverá ser forte para lidar com o assunto com o equilíbrio e maturidade que ele exige. Embalado por uma atmosfera musical e tratando de temas como amizade, lealdade e, principalmente, o real significado de união, Colleen Hoover retorna com a continuação de uma – ou várias? – história de amor, situações-limite e, principalmente, personagens perfeitamente imperfeitos. Talvez agora é contada não só sob um, mas vários prismas – e, como um bom romance, não podem faltar as boas doses de risos e as lágrimas.

Autora: Colleen Hoover

Editora: Galera Record

Páginas: 381

Classificação: 4/5

Olá, povo lindo!

Assim que eu soube desse livro fiquei muito curiosa para saber como Colleen Hoover iria dar continuidade a uma história que para mim estava concluída, porém nesse meio tempo eu li o Companion “Talvez não” e percebi que ainda tinha história para contar, personagens para explorar e acabei sendo vencida pela curiosidade.

A história “Talvez” incluído os três livros, não é a minha preferida da Colleen Hoover, mas com certeza está no topo da lista. “Talvez agora” tem uma característica distinta dos demais livros da autora, ele possui uma narrativa linear, sem os famosos plot twist que já são marca registrada dela. Não que seja algo ruim, pois é bem satisfatório, porém não temos grandes acontecimentos ou reviravoltas.

“Se uma pessoa não consegue viver sua vida do melhor jeito possível para si mesma, é impossível ela dar o seu melhor para os outros.”

A narrativa conta com uma problemática simples que é resolvida com diálogo, vocês não fazem ideia o quanto eu fiquei feliz com os personagens se comunicando e resolvendo suas questões sem drama desnecessário. Esse livro trabalha muito bem a maturidade e confiança nos relacionamentos românticos e na vida individual de cada um. Porém o leitor é privilegiado com três POVs principais e mesmo já tendo reclamado disso em outra resenha, aqui fez toda a diferença e não deixou a história maçante, muito pelo contrário.

Mesmo sendo simples o livro trás tanta coisa bacana que pode agregar na vida leitor. Discussões interessantes e reflexivas sobre vida e morte, sobre como não pensamos que tudo pode acabar amanhã e acabamos não prestando a atenção nos detalhes ou realizando nossos sonhos, pois sempre podemos deixar para depois, mas para alguns o depois é breve e para muitos é incerto.

“Ninguém é a melhor versão de si mesmo o tempo inteiro, Maggie. Mas o que cria a diferença entre confiança e insegurança são os momentos do nosso passado nos quais escolhemos focar.”

Todos os casais mexem com meu coração gelado, logicamente eu tenho um carinho todo especial pela Sydney e Ridge, torci muito por eles e ver dando certo, ver quão maduros os dois são e mesmo assim tão divertidos deixa meu coração quentinho. Com os casais o que eu recebi de mensagem é que cada um tem sua dinâmica e suas diferenças, mas o importante é sempre tirar o melhor do outro. Relacionamento precisa ir além da comodidade, além do amor, relacionamento é dar o melhor de si e receber isso em troca.

Como eu já disse, maturidade é algo que reina nesse livro. Todos assumem as responsabilidade pelos seus atos, respeitam o espaço do outro e entram em comum acordo quando o assunto é tenso. Fiquei mega contente que a amizade construída no primeiro livro pode ser reconquistada, que a confiança tenha sido reestabelecida e que a Bridgette tenha brilhado da sua própria maneira.

“Essa é a beleza do amor, não é? Ele pode assumir tantas formas, tamanhos e texturas diferentes.”

A única coisa que deixou um pouco a desejar foi o final clichê, primeiro temos uma repetição boba do primeiro livro, após isso decisões meio incoerentes são tomadas e fim, acabou a história. De novo, não que tenha sido ruim, mas foi baixo para os padrões Colleen Hoover. Eu indico muito a leitura, não apenas desse, mas dos outros dois primeiros também, se não quiser ler todos não tem problema, você pode ficar um pouco perdido, mas em algum momento tudo vai fazer sentido e a leitura vai fluir. É isso, espero que tenham gostado da resenha.