09/04/2019

[Resenha] Submissa - Maya Banks



Sinopse:  Eles não seguem as regras. Eles FAZEM as regras. Evangeline nunca soube o que é viver no luxo, pois sempre teve que trabalhar duro para ajudar os pais e conseguir sobreviver em Nova York. Típica garota do interior, sente-se deslocada em meio à metrópole e percebe que ingenuidade e sinceridade, que sempre foram suas características mais marcantes, são vistas como defeitos pelos nova-iorquinos e, principalmente, por seu ex-namorado que a seduziu e a abandonou. Ele se apossa do que quer, sem remorso e sem culpa. Drake Donovan é um magnata do entretenimento e um dos milionários mais cobiçados do mundo. Ele e seus “irmãos” ergueram um império em Nova York, e o seu maior empreendimento é a badaladíssima Impulse, a casa noturna mais exclusiva da cidade. Acostumado a ter todos na palma da mão, Drake sente seu inabalável mundo balançar quando vê uma jovem com ar angelical e inocente perdida em sua boate. Quem era aquela garota? Ele não tem ideia, mas de uma coisa tem certeza: ela será dele! Ela não sabe se é capaz de dar o que ele deseja. Incentivada pelas amigas, ir sozinha à Impulse parece o plano perfeito para Evangeline se vingar do ex-namorado canalha. Mas o que está prestes a acontecer vai mudar sua vida para sempre. Uma proposta… Uma tentadora oportunidade de ter tudo àquilo que nem em sonhos ela imaginaria possível. O preço? Submissão total e completa.

Autora: Maya Banks
Editora: Gutenberg
Páginas: 321
Classificação: 2/5

Esse foi meu primeiro contato com o trabalho da autora e eu achei na média para o gênero. Confesso que não me agradou tanto, por conta de alguns detalhes que eu vou contar para vocês mais abaixo, mas não foi um livro de difícil leitura. A narrativa é fluida e mesmo se tratando de um livro de 321 páginas é possível ler em um dia ou dois no máximo (experiência própria).

            Livros eróticos mesmo com todos os problemas que hoje me incomodam um pouco são ideais para me tirar da ressaca, posso está enfrentando a pior delas, mas é só começar um hot que pronto passa como um piscar de olhos, não sei que mágica esse gênero tem que permite uma leitura tão rápida e envolvente.

            Eu gostei bastante da construção da história, com um ar misterioso, que deixam um pouco para imaginação sobre o que de fato o protagonista faz para viver, com um toque de máfia que me encanta (adoro O Poderoso Chefão).  Achei realmente que esse livro tem bastante história, não é feito apenas de cenas e mais cenas de sexo, lógico que elas são abundantes, mas não parecem ser o único objetivo do livro o que é um ponto positivo.

            Uma coisa que me incomodou bastante foi o uso da palavra propriedade quando direcionada para falar da personagem principal, expressões como “Você é minha propriedade” me embrulhavam o estômago e realmente me incomodavam muito. Afinal, ele não comprou a menina em uma loja para que ela seja propriedade dele, nem de ninguém. Mesmo se tratando de submissão, coisa que na realidade não conheço bem, acredito que ninguém é DONO ou PROPRIEDADE de ninguém, cada um é dono de si, mesmo que a pessoa ou personagem em questão decida por vontade própria abrir mão do controle e ceder ao outro.

 Realmente tem coisas que me incomodaram. A relação tão bonita que a Evangeline (nossa protagonista) tem com suas amigas no começo do livro e eu amei, foi descartada como lixo e as meninas foram de amigas leais para vacas invejosas em menos de um minuto e poxa, mesmo que isso tenha fundamento, pois realmente tem, achei exagerado da parte da autora colocar da forma que foi e outra esses pensamentos e palavras sempre, repito SEMPRE reproduzidas pelo Drake.

            É crime gostar muito mais dos personagens coadjuvantes do que dos principais? Porque na real, eu simpatizei mil vezes mais com o Maddox e com o Silas do que com o Drake, por mais que a narrativa diga que Silas é perigoso, Maddox é perigoso que são homens implacáveis que “usam” as mulheres, vi neles muito mais paixão, gentileza e respeito pela Evangeline do que o Drake que diz a todo o momento que ela é “um presente” e deve ser tratada como prioridade.

            É impossível não dizer que os protagonistas não me agradaram nada, Drake como eu disse no parágrafo acima é o tipo de homem que dá ranço, tem seus momentos fofos, mas em sua maioria é distante, egocêntrico (se acha Deus) e rude. Já Evangeline é o tipo de personagem que leva uma tapa na cara, oferece o outro lado para pessoa bater e não satisfeita deita no chão e pede para pisarem em cima. No começo eu gostei tanto dela, sua alma bondosa, seu coração generoso que é tão citado na história, fazem dela uma pessoa boa, além do sacrifício e do trabalho duro por toda a vida, mas a menina começou a provar que falta amor próprio, seu problema de autoestima não é nada perto da falta de amor próprio dela. O orgulho do qual tem tanto apresso não existe, arrisco dizer que se trata de algo que ela criou na mente para se sentir melhor, porque ela não tem orgulho nenhum, é fraca e facilmente manipulável.

            As cenas eróticas são de fato envolventes, ali no meio entre uma cena de natureza erótica e outra eu fiquei chocada com um acontecimento em particular que eu não esperava, mas como acabei de ler Desejo Oculto não fui tão pega de surpresa, mesmo assim foi sinistro.  Uma coisa incrível que eu achei, pelo encaminhar da narrativa, que a autora iria ser muito descritiva sobre o ato, mas me enganei, ela lógico narra as cenas até o final, dá nome aos bois, usa palavras “sujas”, mas conseguiu manter isso tudo no nível erótico e eu achei muito bacana essa característica do livro.

Não me leve a mal, eu continuo amando o gênero, mas quero mais personagens como Chloe Miller e menos Evangeline e ultimamente não tenho encontrado, então ando bem crítica com relação aos livros, mais que o normal.

Infelizmente esse livro não me agradou tanto quanto eu gostaria, mas tem pessoas que adoram, então é uma questão de gosto mesmo.

Beijos


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