[Resenha] Palácio de Mentiras - Erin Watt

Sinopse: De inimigos mortais a aliados improváveis, dois adolescentes tentam proteger tudo o que mais importa para eles. Ella Harper foi capaz de superar cada um dos obstáculos que surgiram em seu caminho. Forte e resiliente, ela está disposta a fazer o que for preciso para defender as pessoas que ama. Mas lidar com o retorno do pai desaparecido e com o namorado cuja vida está por um fio pode ser demais para a jovem. Reed Royal tem um temperamento afiado e punhos ágeis. Mas sua habilidade para resolver problemas com violência já não é mais o bastante. Se ele quiser salvar a si mesmo e a sua garota, ele terá que superar o passado e sua reputação manchada. Ella precisa ser forte para lidar com os Royal... isso se Reed não destruir sua própria família antes.

Autora: Erin Watt

Editora: Essência

Páginas: 384

Classificação: 4/5

Eis, que eu preciso postar a resenha dos livros de Easton e me dei conta que ainda não tinha resenhado Palácio de mentiras, por isso, estou aqui com bastante atraso para contar para vocês o que eu achei do terceiro livro da trilogia principal dessa série de cinco livros.

Como eu disse na última resenha o final do livro foi de tirar o chão do leitor, a autora jogou duas informações bombásticas e nosso personagens precisam lidar com elas de forma madura e consciente.

Aqui pode rolar um spoiler se você ainda se encontra no primeiro livro, se esse for o caso, pule o parágrafo. Com o Reed sendo acusado de assassinato levantamos algumas coisas interessantes, a primeira é que por mais fodásticos que sejam os personagens, adolescentes tem limitações por serem, PASMEM, adolescentes e só pela autora não tornar a jornada heróica ou fácil para eles já foi motivo para ganhar muitos pontos. Segundo ponto é que dinheiro só pode te levar até certo ponto e as vezes até mesmo atrapalhar, quando o outro lado dispõe de mais poder sobre os acontecimentos que você, é como dizem, o Karma é uma vadia e isso é real. O último ponto interessante de destaque é como a verdade pode ser subjetiva e como confiança é a base de qualquer relação, seja ela amorosa, familiar ou de amizade, confiança e lealdade vale muito mais que dinheiro, precisamos ter isso em mente.

"- Eu posso lutar por outras pessoa, como minha mãe, o Reed ou você, mas... não sou boa quando o conflito bate na minha porta."

A volta dos que não foram me pareceu muito oportuna e pontual, porém deu uma mexida na estrutura já familiar e de pertencimento de Ella e os Royals, levantando mais uma questão, o que é família? A personagem tenta uma conexão com essa aparição fantasma que tem uma influência gigantesca em sua vida e de um dia para o outro quer se tornar o que ela nunca teve, sem antes ganhar seu afeto e respeito, como aconteceu com Callum que além de ganhar seu coração aos poucos respeitou seu espaço pessoal e suas escolhas. Achei a pessoa narcisista, desnecessário e muito, repito MUITO forçado no papel que deve desempenhar, como se um amor absurdo tivesse surgido, mas incondizente com a personalidade apresentada.

Aos poucos Ella vai se achando dentro desse mundo novo, se pararmos para pensar só se passaram meses do primeiro para o último livro e a meu ver os primeiros focaram bastante nela se adaptando aos Royals e aqui vemos uma personagem fora do casulo, brigando pelo seu espaço, impondo limites e achando seu lugar dentro da elite, que aos poucos vai se tornando cada dia mais familiar.

"Não sei se algum de nós acredita de fato no que o outro está dizendo. Nós somos um emaranhado de emoções selvagens e sem esperança, procurando alcançar a paz por meio de nossos corpos. Por mais que tentemos esquecer, não conseguimos."

A problemática central é a iminente condenação de Reed, achei a abordagem interessante e o desfecho um tantinho previsível, porém emocionante e impactante de toda forma. Senti que mais um ciclo de fecha, porém pequenas arestas ficaram para serem aparadas nos dois últimos livros, que são focados no Easton. A pergunta que fica é, será que a autora vai conseguir prender o leitor com a construção de um novo romance? Será que o romance vai chegar aos pés de Ella e Reed? Será que teremos outro foco? Isso, vamos descobrir um pouquinho na próxima resenha.

O romance é constante, quente e com complicações "comuns" para a faixa etária, da mesma forma que as soluções também tendem a ser mais simples. Achei essa forma de trazer a leveza da história por meio de um romance sólido, que foi a problemática nos livros anteriores, ou seja, o quera o problema virou um balsamo de calma, confiança e pertencimento e ter o arco problemático do relacionamento 100% fechado no livro anterior ajudou muito para tornar a narrativa crível.

"Eu amo Reed, de verdade, mas seu gênio forte é seu pior inimigo. Se não conseguir se controlar, as coisas podem ficar um milhão de vezes pior para ele."

No mais fica aqui minha indicação de romance Ya um pouco mais picante para vocês, a série é interessante, tem seus problemas, mas são superáveis se você souber quando relevar. Espero que tenham gostado da resenha.

Beijo e até a próxima!