[Resenha] O duque e eu - Julia Quinn

Sinopse: Simon Basset, o irresistível duque de Hastings, acaba de retornar a Londres depois de seis anos viajando pelo mundo. Rico, bonito e solteiro, ele é um prato cheio para as mães da alta sociedade, que só pensam em arrumar um bom partido para suas filhas. Simon, porém, tem o firme propósito de nunca se casar. Assim, para se livrar das garras dessas mulheres, precisa de um plano infalível. É quando entra em cena Daphne Bridgerton, a irmã mais nova de seu melhor amigo. Apesar de espirituosa e dona de uma personalidade marcante, todos os homens que se interessam por ela são velhos demais, pouco inteligentes ou destituídos de qualquer tipo de charme. E os que têm potencial para ser bons maridos só a veem como uma boa amiga. A ideia de Simon é fingir que a corteja. Dessa forma, de uma tacada só, ele conseguirá afastar as jovens obcecadas por um marido e atrairá vários pretendentes para Daphne. Afinal, se um duque está interessado nela, a jovem deve ter mais atrativos do que aparenta. Mas, à medida que a farsa dos dois se desenrola, o sorriso malicioso e os olhos cheios de desejo de Simon tornam cada vez mais difícil para Daphne lembrar que tudo não passa de fingimento. Agora ela precisa fazer o impossível para não se apaixonar por esse conquistador inveterado que tem aversão a tudo o que ela mais quer na vida.

 

Autora: Julia Quinn

Editora: Arqueiro

Páginas: 288

Classificação: 4/5

 

Olá!

Que dificuldade escrever essa resenha, li “O duque e eu” no começo do ano e até esse momento não tinha conseguido inspiração suficiente para essa resenha, mas como ela precisa sair vamos começar.

 

          Eu já tive o prazer de conhecer outros trabalhos da autora, mas até então não tive aquela sensação de dever cumprido, acho sinceramente que existe muito peso na série “Os Bridgertons”, ela foi a série que fez a autora ser o que é, deu destaque tanto a ela quanto ao gênero. Então hoje eu posso afirmar que eu LI JULIA QUINN e por mais satisfação que isso me traga existem coisas que precisam ser ditas.

 

Acredito que o sucesso e esse estigma de melhor autora e blábláblá se valha do fato dos livros serem “pioneiros”, até então só encontrávamos livros nesse estilo em bancas de jornal, então a narrativa foi realmente uma novidade para muitos, a escrita da autora é espetacular, mas infelizmente em pleno 2020 não é mais tão novidade, não é mais TUDO ISSO, lendo hoje depois de tantos romances de banca e um currículo considerável em romances de época parece mais do mesmo, não aquela coisa espetacular que eu achei que encontraria. Sendo assim acho minha pequena decepção normal, porém a culpa é inteiramente minha e das minhas expectativas absurdas.

 

“Dizer que os homens podem ser teimosos como mulas seria um insulto às mulas”.

 

“O duque e eu” traz a história de dois personagens maravilhosos e muito bem desenvolvidos, Daphne é a quarta filha da família Brighton e diferente de outras famílias da aristocracia sua família é regada de amor, carinho e um tanto de liberdade. É com isso que Simon que não teve uma vida fácil se depara. Daphne é esperta, tem a língua afiada, porém é muito educada e amável com os seus, coisas que ele não tinha encontrado até então e isso encanta o nosso precioso duque. Mas sua história de vida o impede de concretizar os desejos de seu coração e até o desfecho do livro muita água rola em baixo dessa ponte.

 

A narrativa tem nuances que deixam o leitor preso até a última frase, tem momentos que estamos lendo um livro com uma carga emocional forte, daqui a pouco estamos rindo, para em seguida suspirar. Acho que o diferencial da autora está em escrever algo tão leve, bem humorado e apaixonante que ao mesmo tempo é tenso e tem muito espaço para evolução de personagem. Por falar em personagens, está ai algo que me agradou muito, todos os personagens são maravilhosos e a dinâmica da família é um atenuante maravilhoso, ver a forma como eles são formais e muito bem educados ao mesmo tempo uma família comum e muito amorosa. Já com o Duque de Hastings é o contrário, mas vou deixar para vocês descobrirem essa parte sozinhos.

 

“Antes de conhecer você, estava vivo apenas pela metade.”

 

A parte mais interessante fica por conta da coluna de fofocas “Crônicas da sociedade de Lady Whistledown”, afinal quem é essa mulher que sabe de tudo, que tem olhos e ouvidos em todos os lugares e um dom absurdo de ser odiada e lida por toda a alta sociedade? Um mistério que não é resolvido e mesmo assim eu amei. Achei bem atual na verdade, a forma como todos querem estar na coluna, mas temem o que será escrito sobre eles, bem instagram de fofoca.

 

Vocês podem estar se perguntando o que de negativo tenho para falar dessa história, a verdade mesmo é que não tem. A narrativa é perfeita e cativante, porém é um pouco mais do mesmo, não tem nada inovador além do talento descarado da autora e eu esperava mais, não melhor, esperava algo diferente. Tenho certeza que se esse tivesse sido meu primeiro contato com o gênero teria sido algo mais, só que infelizmente eu demorei muito e li demais, ai parece a receitinha de bolo que tanto me agrada. Talvez não seja uma crítica válida, o problema sou eu e não o livro, mas serve de concelho, se puderem comecem a ler romance de época ou a autora por essa série, assim a experiência pode ser mais arrebatadora.

 

"Sabe, eu achava que você ainda não tinha se casado porque seus irmãos haviam assustado todos os pretendentes, mas agora me pergunto se não fez isso sozinha."

 

No mais fica aqui minha indicação de leitura leve, divertida, interessante e apaixonante. Eu vou partir para o próximo Bridgertons e volto para contar o que eu achei.

 

Beijos e até a próxima!

Essa leitura faz parte do projeto

Lendo os Bridgertons