24/07/2019

[Resenha] Entre o Amor e a Vingança - Sarah MacLean



Sinopse: Uma década atrás, o marquês de Bourne perdeu tudo o que possuía em uma mesa de jogo e foi expulso do lugar onde vivia com nada além de seu título. Agora, sócio da mais exclusiva casa de jogos de Londres, o frio e cruel Bourne quer vingança e vai fazer o que for preciso para recuperar sua herança, mesmo que para isso tenha que se casar com a perfeita e respeitável Lady Penélope Marbury. Após um noivado rompido e vários pretendentes decepcionantes, Penélope ficou com pouco interesse em um casamento tranquilo e confortável, e passou a desejar algo mais em sua vida. Sua sorte é que seu novo marido, o marquês de Bourne, pode proporcionar a ela o acesso a um mundo inexplorado de prazeres.  Apesar de Bourne ser um príncipe do submundo de Londres, sua intenção é manter Penélope intocada por sua sede de vingança - o que parece ser um desafio cada vez maior, pois a esposa começa a mostrar seus próprios desejos e está disposta a apostar qualquer coisa por eles, até mesmo seu coração.

AutoraSarah MacLean
EditoraGutenberg
Páginas: 304
Classificação: 4/5

Ainda não tinha lido nada da Sarah, então fui acreditando nas resenhas positivas e no seu nome consolidado no meio literário. A leitura não foi uma decepção, mas eu achei um pouco arrastada, senti muita falta de mais diálogos e menos pensamentos e descrições, porém preciso deixar claro que a escrita é impecável, quando há dialogo o mesmo é executado com total competência e esse foi um dois motivos para que eu sentisse tanta falta deles. Ficava ansiando por mais e mais e entre um e outro demoravam páginas de mais, existe uma explicação para isso, mas mesmo assim me deixou apreensiva e cansada, tanto que demorei a concluir a leitura mais que o planejado.

“Ela viu que poderia ter algo mais de um casamento, se ao menos tivesse tempo para encontrá-lo.” 

         Essa história apresenta Lady Penélope Marbury, pelo que eu soube a personagem apareceu em uma série passada, mas só teve destaque nesse livro, como não conheço a série em que foi mencionada considero essa sua primeira aparição. Penny é encantadora, quem olha de longe enxerga a mulher bem educada, contida e que está virando uma solteirona (com 28 anos), pois teve um noivado cancelado o que gerou um baita escândalo e após isso negou pedidos de casamento por anos e anos, até que eles já não eram tão constantes. Gente, eu entendo muito a personagem, como a maioria das mocinhas de época ela quer mais, não apenas ser tratada como mercadoria, não casar por conveniência e viver uma vida infeliz. Penélope é muito forte e mesmo sacrificando o que quer para o bem das irmãs, faz isso por escolha e não baixa a cabeça para ninguém, muito menos para o seu marido.

Bourne era amigo de infância de Penny até perder tudo em um jogo quando era muito novo, foi renegado pela sociedade e agora vive as marguem, no submundo aonde os aristocratas vão para se divertir sem serem julgados. Junto com seus três sócios e amigos, Bourne triplicou o que um dia perdeu, mas sempre teve sede de vingança contra aquele que lhe tirou tudo e a oportunidade aparece, mas para realizar esse plano ele terá que se casar com Penélope e por muito tempo trata a esposa com indiferença e distancia, mas com o tempo vamos entendendo o que de fato ocorre como personagem e passamos a simpatizar com ele, entender suas dores e torcer para que ele não perca tudo o que realmente importa por estar envenenado com a vingança e o ódio.

“Pode reivindicar direito sobre minha vida, meu dote e minha pessoa, milorde. Mas ainda sou dona dos meus pensamentos, não?”

    Mesmo com minhas ressalvas ditas no início eu adorei o livro, me envolvi, torci e quis matar, quis colocar no colo e dizer que tudo ia ficar bem e no fim da leitura quis desesperadamente começar o próximo que tem tudo para ser mais envolvente.

O livro não apresenta tantas características novas para o gênero, mas ao mesmo tempo não é clichê de todo. Sarah soube trabalhar a aristocracia, soube trazer para o livro o melhor e o pior da sociedade “impecável” de Londres de 1830, colocou máscaras e depois despiu esses hipócritas, mostrando que todos tem algo a esconder, todos têm um lado obscuro e que segredos valem muito mais do que dinheiro, ainda mais em um mundo que vive de aparência. Adorei de verdade cada parte narrada no Anjo Caído (clube dos canalhas), um ambiente envolvente, repleto de segredos, escuridão e que ao mesmo tempo prova que todos querem a mesma coisa: ser livres das amarras.

Enfim, essa foi uma leitura que eu curti bastante, foi uma bela volta para os romances de época. Sarah realmente merece a fama que a precede e eu estou aqui para indicar esse livro e espero de coração só ter coisas boas para falar de toda a série daqui para frente.


Beijos

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