Sinopse: Em um mundo secreto onde guerreiros
meio-anjo juraram lutar contra demônios, parabatai é uma palavra sagrada. O parabatai é o seu parceiro na batalha. O parabatai é seu melhor amigo.
Parabatai pode ser tudo para o outro mas eles nunca podem se apaixonar. Emma Carstairs é uma Caçadora de Sombras, uma em uma longa linhagem de
Caçadores de Sombras encarregados de protegerem o mundo de demônios. Com seu
parabatai Julian Blackthorn, ela patrulha as ruas de uma Los Angeles escondida
onde os vampiros fazem festa na Sunset Strip, e fadas estão à beira de uma
guerra aberta com os Caçadores de Sombras. Quando corpos de seres humanos e
fadas começam a aparecer mortos da mesma forma que os pais de Emma foram
assassinados anos atrás, uma aliança é formada. Esta é a chance de Emma de vingança
e a possibilidade de Julian ter de volta seu meio-irmão fada, Mark, que foi
sequestrado há cinco anos. Tudo que Emma, Mark e Julian tem a fazer é resolver
os assassinatos dentro de duas semanas antes que o assassino coloque eles na
mira. Suas buscas levam Emma de cavernas no mar cheias de magia para uma loteria
sombria onde a morte é dispensada. Enquanto ela vai descobrindo seu passado,
ela começa a confrontar os segredos do presente: O que Julian vem escondendo
dela todos esses anos? Por que a Lei Shadowhunter proíbe parabatais de se
apaixonarem? Quem realmente matou seus pais e ela pode suportar saber a
verdade?
Autora: Cassandra Clare
Editora: Galera Record
Páginas: 574
Classificação: 5/5
Voltamos ao
universo Shadowhunter para acompanhar a vida de Emma Carstairs e Julian
Blackthorn, assim como de todas as crianças Blackthorn e Mark, sim ele está de
volta (Se não sabe do que estou falando volte duas casas e leia Os Instrumentos
Mortais). Em Cidade do fogo celestial Cassandra deixou o terreno pronto
apresentando o clã Blackthorn e a última Carstairs viva, em cenas e
acontecimentos de tirar o fôlego que fizeram com que EU me apegasse a esses
personagens de uma maneira avassaladora, a ligação Peças infernais x
Instrumentos Mortais x Artifícios das trevas promete uma trilogia de tirar o
fôlego e isso já começa pelo primeiro livro.
Quero
começar dizendo “como é notável a evolução da autora”, eu tive muita
dificuldade em engrenar no primeiro livro da série anterior e Dama da
meia-noite foi devorado em uma semana, pode parecer um longo tempo, mas é um
livro grande e eu não disponho de tanto tempo, enfim, o que eu quero dizer é
que a narrativa prende desde a primeira palavra e assim vamos até o último
ponto, que por sinal MEU DEUS, Cassandra é cruel, só digo isso.
“A vida é curta, e a sabedoria é longa demais para ser aprendida.”
Os
ingredientes principais não mudam muito, mas a execução está formidável. Por
vezes ao longo da leitura eu pensei “Eu já sei disso” e logo depois “eita, isso
é informação completamente nova”. Dama da meia-noite é um livro dentro do
universo Shadowhunter e traz muito da última série, até porque a narrativa se
passa em um momento em que ainda estão lidando com o que foi a guerra maligna e
temos uma conexão significativa com os antigos personagens que enchem o coração
de saudosismo. Porém esse é um livro completamente novo, não sei explicar bem,
mas a essência é nova, é uma reconstrução, tudo ruiu em Cidade do fogo
celestial e Cassandra está de fato construindo uma nova história a partir disso.
Parabatai é
uma parte desse mundo que sempre me instigou muito, a beleza e a dor dessa
ligação sempre foram fascinantes para mim e nessa trilogia Cassandra está se
aprofundando no assunto, não apenas na beleza do laço, mas nas proibições, na
força, nas consequências e principalmente no amor proibido. Todos sabem que
Parabatais não podem se relacionar romanticamente, mas por que? Essa resposta
está escondida nas páginas desse livro, mas será verdade? Tudo é muito complexo
e esse amor proibido vivido pela Emma e Julian fez meu sangue arder de pesar e
esperança.
“Suplique-me para não deixar-te,ou que volte de seguir-te;Para onde quer que fores, eu irei,E onde ficares eu ficarei;Seu povo será meu povo,e seu Deus será meu Deus,onde quer que morras morrerei eu,e ali serei sepultado.Faça-me assim o Anjo, e outro tanto,se outra coisa que não a morte me separar de ti.”
A clave
sempre é um assunto delicado. “A lei é dura, mas é a lei” o lema dos caçadores
de sombras só mostra o quanto a instituição é inflexível e se não bastasse as
demonstrações anteriores, fica mais nítido o quando ela é cruel com os seus e
com os outros. Mesmo em meio a tanta mudança eles ainda se mantêm implacáveis,
fechados no seu mundo de grandeza e impossibilitando a felicidade de alguns e
transformando a vida de muitos.
Uma coisa
importante que vale a pena mencionar é a forma como Cassandra introduziu
assuntos “delicados” de forma leve nesse livro e acredito que dará mais ênfase
a isso futuramente, temos aqui autismo, bissexualidade, conceito de família
etc.… Tudo abordado com muita naturalidade e seriedade, fiquei bem contente com
o resultado e de todos os temas abordados o autismo tem uma importância ímpar
nessa história.
“Quando você ama alguém, a pessoa se torna parte de quem você é. Está presente em tudo o que você faz. Ela é o ar que você respira, a água que você bebe e o sangue que corre em suas veias. “
Eu adorei o
livro como um todo, a primeira história fecha bem redondinha, temos as
respostas necessárias e resoluções esperadas, mas temos dois ganchos que
prometem muitas emoções no próximo livro, que por sinal já estou louca para
conferir.
Quem aí já leu Dama da meia-noite? O que acharam?
Quem aí já leu Dama da meia-noite? O que acharam?
Tentei ler um livor da autora e não funcionou para mim. Sempre que leio uma resenha de uam de suas obras ou converso com um de seus fãs, me sinto uma alienígena, mas acho que realmente não sou o público alvo deste gênero.
ResponderExcluirbeijos